A nova escala de poder do universo DC
Divulgação: Warner Bros. Pictures
Dwayne Johnson passou anos tentando trazer sua versão do Adão Negro para as telonas e finalmente, após 15 anos de sua escalação, chegou aos cinemas o longa que devia mudar a hierarquia de poder do universo cinematográfico DC.
A primeira coisa que chama atenção no longa é o seu visual, remetendo muito a estética do Snyder, a cena de onde o Adão Negro desperta é facilmente uma das melhores cenas do universo DC, mostrando o nível de poder do personagem e nos fazendo acreditar que apenas Ultimo Filho de Krypton conseguiria derrotá-lo.
Outro elemento que faz esse filme se destacar é o The Rock no papel de protagonista, conseguindo ser carismático e ameaçador simultaneamente. O seu Adão Negro tem muitas semelhanças com sua versão das HQ’s, as mais notáveis são sua brutalidade em batalha, sem perdoar nenhum inimigo que encontra pela frente destroçando da forma mais dolorosa possível e o equilíbrio entre a luz e a sombras, capaz de ser cruel e de ser bom.
Já o elenco de apoio tem os seus altos e baixos, a sociedade da justiça embora não seja muito aprofundada, não consegue gerar o mesmo impacto que o The rock em cena, e embora eles sejam incríveis visualmente, faltou um maior desenvolvimento dos personagens. Por exemplo, nas HQ’s o Gavião Negro possui duas origens muito interessantes, mas no filme ele parece ser apenas um bilionário com acesso a uma tecnologia muito avançada.
Divulgação: Warner Bros. Pictures
O principal destaque fica para o experiente Pierce Brosnan no papel de Senhor Destino, que consegue passar a sensação de confiança e sabedoria, embora não seja fiel às HQ’s. A sua versão do personagem é interessante e serve como um contra ponto para a impulsividade do Gavião Negro ou a falta de experiência do Esmaga Átomo e da Tornado.
De longe, a coisa mais irritante do longa é a partição do Amon, interpretado por Bodhi Sabongui, correspondendo aquele clichê que serve como uma forma do público se identificar, mas isso é estragado por uma série de momentos irritantes. Infelizmente boa parte do desenrolar da trama e das motivações do protagonista ficam presas a figura desse personagem como uma tentativa de humanizar o anti-herói e dá um impulso altruísta as suas ações.
Os vilões do filme também não agregam nada de positivo para o filme. A Intergangue são apenas um grupo paramilitar com muita tecnologia servindo apenas para o Adão Negro espancar enquanto o real vilão não dá as caras. Já o Sabbac é apenas um monstro feito em CGI com a motivação de destruir o mundo, nada que já não tenhamos visto uma centena de vezes nas produções hollywoodianas. No final das contas, são apenas ameaças para justificar o longa e fazer o anti-herói não aparecer tão ruim para a Sociedade da Justiça.
'Adão Negro' segue o caminho convencional de uma produção do gênero sem se preocupar em tentar fazer algo inovador. Porém, embora não seja um salvador do gênero, ainda consegue ser divertido tanto pelo carisma do ‘The Rock’ como pelas cenas de ação bem executadas e eletrizantes.
Nota: 3,5/5
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