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Crítica | Aquele Que Habita em Mim

Foto do escritor: Gabriella FerreiraGabriella Ferreira

Premissa interessante não segura fraco desenvolvimento da trama

Foto: Divulgação


Lançado nesta semana no streaming do Adrenalina Pura, o longa Aquele que Habita em Mim conta a história da adolescente Tara, que está apenas sobrevivendo ao ensino médio – mas seu pai e sua mãe parecem estranhamente distantes. Em meio a uma onda de assassinatos horríveis com machados, Tara tem avistamentos de entidades aterrorizantes, forçando-a a questionar sua própria sanidade e ancestralidade chocante.


Ancestralidade essa que vem da linhagem de Lizzie Borden, infame assassina e nome famoso no universo de crimes reais. Os assassinatos de Andrew Borden e sua esposa Abby, em 4 de agosto de 1892, na cidade de Fall River, Massachusetts, atraíram a atenção nacional para Lizzie Andrew Borden (19 de julho de 1860 – 1 de junho de 1927), que foi acusada de cometer os crimes usando um machado. A história, marcada por mistérios e suposições, aconteceu em uma época em que julgamentos dependiam principalmente de autópsias e testemunhos.


 Até hoje, surgem teorias sobre a motivação e a sequência dos eventos. Lizzie foi inocentada das acusações por falta de provas contundentes, mas a opinião pública e estudiosos continuaram a questioná-la, o que inspirou diversas produções culturais, como livros, músicas, peças de teatro e filmes e  Aquele que Habita em Mim é mais uma dessas histórias. 

Foto: Divulgação


Surfando nesse hype de sucesso do true crime, o longa dirigido por Jerren Lauder utiliza-se dessa premissa da história de Lizzie Borden para criar uma trama que mistura elementos sobrenaturais com clichês do gênero slasher. Por mais que pareça interessante no início, o filme não consegue aproveitar a curiosidade acerca de Lizzie e desemboca para um fraco suspense que até pode surpreender os mais desatentos, mas que não se sustenta até o final. 


Com um elenco até conhecido, Aquele que Habita em Mim tem até boas atuações de forma geral, mas na maioria do tempo, o thriller de terror bobo não funciona, especialmente no final, mas ganha pontos por tratar de relações familiares complexas e pela maneira genuína como seus problemáticos personagens adolescentes falam e se comportam, mesmo a protagonista sendo um poço de antipatia e com diversas atitudes irritantes. Outro ponto positivo é a construção que o filme faz em relação à questão da saúde mental e da insanidade. 


O filme trabalha bastante a questão das abordagens equivocadas que ele emprega, seja sobre reprimir as emoções com medicamentos ou forças externas, na esperança de que isso previna os sinais reais de uma doença mental de fato (e não uma possessão demoníaca, por exemplo). Mas a parte boa termina aqui e Aquele que Habita em Mim fica monótono se desenrola sem muitos momentos interessantes, conseguindo passar pela história de forma bem mais lenta do que deveria, devido a uma série de subtramas desnecessárias que não acrescentam em nada. 


Essas subtramas tornam o filme confuso e longo demais e também extremamente desinteressante, resultando em uma trama repleta de conversas sem graça e sem emoção, com pouco tempo para sustos ou boas cenas de perseguições até o seu ato final, que é quando ele se torna minimamente mais cativante, mas tarde demais para significar algo.


Nota: 2/5


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