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Foto do escritorWeslley Oliveira

Crítica | Mulher-Hulk: Defensora de Heróis (1ª temporada)

Apesar de inconstante, a série consegue trazer algo original para um MCU cansado e repetitivo.

Divulgação: Disney+


Uma das empreitadas recentes da Marvel Studios, Mulher-Hulk: Defensora de Heróis terminou sua primeira temporada na última quinta-feira (13). Diferente de muitos projetos lançados anteriormente pela Marvel, a série se destaca com seus nove episódios e com uma história que não se leva a sério - mesmo em momentos que talvez fosse necessário o fazer.


No seriado, acompanhamos Jennifer Walters (Tatiana Maslany), uma advogada, solteira, na casa dos 30 anos, cujo maior desejo é ser bem-sucedida em sua profissão. Mas há um “pequeno” detalhe: ela é parente de Bruce Banner (Mark Ruffalo), também conhecido como o Incrível Hulk. Após um acidente, Walters passa a ter os mesmos poderes do seu primo Bruce. Agora, ela precisa conciliar sua carreira de especialista em casos jurídicos sobre-humanos com sua própria versão super poderosa e de dois metros.


Diferente dos outros projetos Marvel, este aqui realmente tem uma cara de série, não de um filme partido em episódios, o que combinou bem com o desenvolvimento da história. Apesar disso, alguns episódios poderiam ser facilmente descartados, já que apenas uma cena ou outra realmente acrescentaram algo para a trama.


Tatiana Maslany, a nossa Jennifer Walters, está ótima como a protagonista da série. O humor sarcástico e ácido da personagem também é um destaque e com certeza a faz se destacar dentro do MCU. Muitas referências a filmes e personagens do estúdio são feitas aqui, explícitas e implícitas.


E por falar neste universo compartilhado, a série trouxe personagens importantes em sua trama e soube trabalhar bem cada um deles, sem deixar Walters de lado. Mesmo que, em alguns momentos, o seriado mostra a grande complexidade que vem se criando com o MCU e, ao mesmo tempo, a confusão que está se tornando por não saber para onde o levar.

Divulgação: Disney+


O grande problema da série está justamente nisso e é algo constante em projetos Marvel. Os roteiristas e diretores sabem quais são os problemas e como resolvê-los, como vimos no episódio final da temporada. O grande porém é como fazê-lo de uma forma que faça sentido e que não precise ser um evento enorme. Como mencionado anteriormente, alguns episódios da série poderiam ser usados para movimentar melhor a história e não ser uma “encheção de linguiça”.


Mas, o maior trunfo do seriado foi não se levar a sério, que é uma característica marcante da personagem dos quadrinhos e que foi traduzida para a TV de uma forma única e interessante. Ver a Jennifer Walters conversando com o K.E.V.I.N e vê-la tomar as rédeas da própria narrativa são alguns dos momentos em que era reforçado o diferencial da personagem.


Apesar de inconstâncias ao longo da temporada, ‘Mulher-Hulk: Defensora de Heróis’ consegue trazer algo original e diferente para um MCU cansado e repetitivo. O futuro da personagem é bastante promissor e o final da temporada abre portas para várias histórias importantes. O que resta saber é se será feito, ou melhor, bem feito.


Nota: 3/5

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