Mais um acerto de Mike Flanagan.
Divulgação: Netflix
Na última semana, a Netflix lançou mais um trabalho do cineasta Mike Flanagan. Depois das ótimas “A Maldição da Residência Hill”, “A Maldição da Mansão Bly” e “Missa da Meia-Noite”, foi a vez de “O Clube da Meia-Noite” chegar na plataforma.
Adaptado do livro infanto-juvenil homônimo do autor Christopher Pike, a trama traz para o protagonismo sete jovens com doenças terminais que passam os seus últimos dias de vida em uma casa chamada Brightcliffe, uma espécie de asilo para pessoas que estão em um estado irreversível.
Acompanhamos, primeiramente, Ilonka. A jovem estava a caminho de se formar e frequentar Harvard quando descobre que está em estado terminal e nove meses depois, quando seu tratamento para de funcionar, os médicos declaram que ela já não tem muito tempo.
Desesperada para encontrar uma cura para si mesma, Ilonka se depara com o local, intrigada com a história de uma garota chamada Julia Jayne, que entrou em Brighcliffe com uma doença terminal e saiu curada após seu misterioso desaparecimento de uma semana. Em Brightcliffe ela conhece Anya, Kevin, Sandra, Chris, Cheri, Amesh e Natsuki e toda meia-noite, o grupo se reúne para contar histórias assustadoras entre eles. Uma noite, eles decidem fazer um pacto para que o primeiro a sucumbir a doença seja responsável pela comunicação com os outros no além.
Trazendo rostos já conhecidos de suas outras séries e novos jovens talentos, “O Clube da Meia-Noite” impressiona desde o seu início ao apostar em uma temática delicada de uma forma raramente proposta antes. São jovens que estão prestes a morrer por uma doença incurável e que possuem uma relação diferente com a morte e o sofrimento. Além disso, ela também cria um subcontexto muito interessante com os paralelos dos acontecimentos na casa e nas histórias contadas pelos garotos no clube.
Por isso, sem dúvidas, o principal trunfo da série é o elenco jovem que consegue dar conta de diversas narrativas paralelas com interpretações diferentes. São nessas histórias que conseguimos ver as nuances de uma história muito complexa, que utiliza-se de fábulas para fazer alegorias sobre o medo, amor, sofrimento, luto, fé e a complexidade humana.
Além de tudo, “O Clube da Meia-Noite” foca especialmente no drama e na discussão sobre saúde mental dos adolescentes, deixando o terror para os jumpscares que aparecem em alguns momentos. Com um ótimo gancho para uma segunda temporada (talvez, quem sabe), com “O Clube da Meia-Noite” temos a certeza que Mike Flanagan é um dos melhores contadores de histórias de terror no formato seriado que temos no momento.
Nota: 4/5
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