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Crítica | Pablo e Luisão (1ª temporada)

  • Foto do escritor: Filipe Chaves
    Filipe Chaves
  • 16 de jun.
  • 2 min de leitura

Humor de qualidade no absurdo do dia a dia é aposta certeira da série de Paulo Vieira.

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação

As aventuras de Luisão (Ailton Graça), pai do humorista Paulo Vieira, e de seu inseparável amigo Pablo (Otávio Muller). Juntos, eles vivem inventando planos mirabolantes que acabam gerando consequências inusitadas, especialmente para as crianças Paulo (Yves Miguel), Neto (João Pedro Martins) e Conceição (Dira Paes), a mãe dos meninos.


Eu confesso que não esperava gostar tanto. Tava com saudade de assistir algo tão nosso, tão brasileiro. Um tipo de humor tão interiorano, mas que consegue atingir todo mundo, porque mesmo que você não tenha vivido em cidades assim ou situações parecidas, ainda é incrível ver os absurdos aprontados pelos protagonistas, e saber que, pelo menos, a ideia original de cada episódio é real, deixa tudo mais incrível ainda. As cenas finais com Conceição, Luís e Pablo são maravilhosas e o sentimento ali é palpável. A ambientação ajuda bastante também, o design de produção te transporta para meados dos anos 2000, e ainda por se passar em Palmas, no Tocantins, traz visibilidade para um estado que quase nunca tem espaço nas mídias nacionais.

Imagem: Divulgação
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São 16 episódios onde cada um conta um causo, todos divertidíssimos, mas alguns são mais que outros, naturalmente. Aílton Graça, Otávio Muller e Dira Paes estão fantásticos e conseguem passar esse sentimento genuíno para a ficção. Não é surpresa pra ninguém porque o trio já demonstrou que sabe fazer rir com maestria, e quando são amparados por um texto tão bom como esse de Paulo Vieira e seu time de roteiristas, fica mais fácil ainda. Yves Miguel e João Pedro Martins, as crianças, são um achado, vale dizer. Eles ainda não têm um timing perfeito como os veteranos, mas o que falta de prática, sobra em fofura. Além disso, ainda temos participações especiais de nomes como Rejane Faria, Miguel Falabella, Carlos Francisco, Lima Duarte e tantos outros talentos.


Digo que não é aquele tipo de produção que provoca apenas um risinho simpático, é coisa pra gargalhar mesmo. Talvez por eu ser do interior, seja mais identificável pra mim, mas acima de tudo é uma série sobre família e amizade, que são coisas mais universais. A escrita é muito humana, corriqueira e conversa com o telespectador de uma maneira tão orgânica que eu não canso de exaltar. Vi todos os episódios de um dia pro outro, é uma delícia de assistir e mesmo com tanta risada, ainda sobrou espaço para emocionar no final. É uma das melhores séries do ano, digo com tranquilidade, e aguardo a confirmação de uma 2ª temporada. Tenho certeza que Pablo e Luisão ainda têm muitos causos para nos contar.


Nota: 4,5/5

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