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  • Foto do escritorAianne Amado

Entrevista | Elenco e criador de ‘A Máquina do Destino’ contam detalhes da segunda temporada

O criador David West Read e parte do elenco da série de comédia da Apple TV+ conversaram com exclusividade com o Oxente, Pipoca?

Foto: Divulgação/ Apple TV+


Na última quarta-feira (24), sem muito alarde, a Apple TV+ estreou a nova temporada de uma de suas séries menos conhecidas e mais simpáticas. A Máquina do Destino (The Big Door Prize) – série de comédia baseada no livro de mesmo nome, este escrito por M.O. Walsh – teve os três primeiros episódios da segunda temporada divulgados no streaming, com os demais sendo liberados semanalmente, criando expectativas sobre os vários mistérios que permeiam a pequena cidade fictícia de Deerfield após a chegada de uma máquina que revela o potencial da vida de seus moradores.


Porém, exclusivos que somos, nós do Oxente, Pipoca? já assistimos toda a temporada, que conta com um excelente amadurecimento da escrita, reencontrando e aprofundando o equilíbrio entre humor e sensibilidade dos episódios anteriores, e mostrando muito mais segurança em explorar seus deliciosos personagens. Além disso, tivemos o prazer de conversar com exclusividade com o criador e alguns atores para saber mais sobre os bastidores da série.

Foto: Divulgação/ Apple TV+


Quando elogiamos o criador David West Read (também escritor e produtor da super aclamada Schitt’s Creek) pela habilidade de fazer ótimo humor sem apelar pro “politicamente incorreto” ou ofender nenhum grupo marginalizado, ele nos agradeceu e afirmou que, de fato, busca comédias de “grande coração”, onde conseguimos criar carinho por todos os personagens. “Numa série como essa parece ser especialmente importante passar empatia e compaixão porque é uma história sobre pessoas se conhecendo de uma forma mais profunda. Cidadãos de uma pequena cidade que fazem certas suposições porque eles acham que se conhecem – já que todo mundo conhece todo mundo em uma cidadezinha – e aí, por causa dessa máquina que faz grandes perguntas, as pessoas passam a revelar seus sonhos secretos, que leva a situações engraçadas, por estarem saindo de suas zonas de conforto, mas também leva a maior empatia e compaixão pois percebemos que todos temos paixões secretas, assim como medos e ansiedades, e é isso que une as pessoas”.


A máquina, no entanto, é só um catalisador inicial para os personagens, que, ao longo de ambas as temporadas, são quem realmente ganham destaque ao longo dos episódios. “Nós queremos que a série seja sobre as pessoas e o que elas fazem como resultado da máquina, e não uma obsessão sobre o mistério da máquina em si. Então nós abordamos um pouco sobre esse mistério no começo de ambas as temporadas – e, nessa nova, tem um novo patamar que considero muito interessante visualmente – mas, em um certo ponto, não é sobre as mudanças da máquina que estamos preocupados, mas sim nas mudanças internas nas pessoas nessa cidade”, conta Read. Ainda nesse tópico, ele afirma que observa na narrativa uma “pequena crítica” sobre nossa relação com a tecnologia: como nossos aparelhos tecnológicos parecem saber mais sobre nós e nossos futuros que nós mesmos e como há uma tendência de depositar uma confiança quase acrítica sobre eles.

Foto: Divulgação/ Apple TV+


Nessa nova fase, novos laços são formados, como é o caso da agora verdadeira amizade entre o protagonista Dusty (Chris O’Dowd) e o scene stealer Giorgio (Josh Segarra). Josh se declara fã e conhecedor dos trabalhos de O’Dowd, o que o trouxe uma grande admiração e forte respeito pelo colega, e acredita que isso pode ter impactado na aproximação dentro e fora das telas. Menos curiosos que seus personagens, os atores afirmam que nunca procuraram saber sobre seus futuros em cartomantes ou adivinhos. No entanto, O’Dowd revelou que, na universidade, usava uma técnica de leitura de mãos, ensinada por sua tia, para “impressionar garotas”. No entanto, conta ele, “tempos depois, ela me disse que inventou tudo”.


Um dos diferenciais da série é trazer uma história rica diversidade entre os personagens, mas sem nunca abordar a raça como fator determinante de suas personalidades. Cass (Gabrielle Dennis) é uma mulher sonhadora, acolhedora e com problemas internos. O fato de ser negra não influencia em nada sua jornada. Da mesma forma, Hana (Ali Maki) vive seus dilemas como pessoa nova numa pequena comunidade, mas jamais é destaca por seus traços asiáticos. “Poder interpretar personagens que são completamente humanos, que não são apenas um arquétipo ou tem só um aspecto de personalidade, cheio de caixas os limitando. É tão libertador e maravilhoso! Acho que ser ator e ser criativo é sobre isso: ser capaz de explorar todo o espectro de emoções e humanidade” , diz Maki. Complementando, Dennis lembra que “diversidade é muito importante, óbvio. (...) Mas eu adoro que a premissa não é sobre a raça. Somos só seres humanos contando histórias humanas, e acho que isso eventualmente acabará ajudando a interseccionar as linhas delimitadas pela cor. Sim, tem diversidade na tela, visualmente, mas contando histórias sobre experiências humanas que todos nós deveríamos poder nos identificar.”

E certamente nos identificamos. Prepare seu psicológico para grandes reflexões com a nova temporada de A Máquina do Destino, disponível na Apple TV+.

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