Longas selecionados para representar os países na 96ª edição do Oscar
Fonte: Divulgação
Anualmente, as Academias de Cinema de diversos países do mundo escolhem um filme para representar e disputar o troféu de Melhor Filme Internacional. Na história da premiação, mais de 60 nações já foram indicadas, incluindo o Brasil por 4 vezes, e delas 28 venceram, sendo a Itália a maior vencedora da categoria.
Os critérios para que um filme possa ser submetido é, além de ter estreado no ano corrente em seu país natal, não ter mais de 50% de suas falas em inglês, ter mais de 40 minutos e ter pessoas daquele país envolvidas ativamente no controle criativo do longa.
Alemanha
A atual detentora do Oscar na categoria, já que venceu em 2023 com Nada de Novo no Front, escolheu The Teacher’s Lounge para representá-la. O longa de İlker Çatak venceu 5 troféus na maior premiação do cinema alemão, o German Film Awards, e segue uma professora (Leonie Benesch) que decide ir ao fundo da questão quando um de seus alunos é suspeito de roubo. Nos Estados Unidos, o filme é distribuído pela Sony Pictures Classic.
Fonte: Divulgação
Austrália
Indicado uma vez na categoria, o maior país da Oceania entra na disputa pelo Oscar 2023 com ‘Shayda’, filme de Noora Niasari. Produzido pela super-estrela e 2 vezes vencedora do Oscar, Cate Blanchett, e estrelado por Zar Amir Ebrahimi, iraniana premiada em Cannes 2022, o longa segue refugiadas do Irã em um abrigo australiano, onde são confrontadas com a violência da qual tanto tentaram escapar.
Bolívia
Com um histórico de dois filmes desqualificados e uma submissão retirada, nossos vizinhos latinos irão para o Oscar 2024 com El Visitante, de Martín Boulocq. A história segue Humberto, um ex-presidiário que busca se reencontrar com a filha que mora com os avós, grandes figuras do contexto evangélico de uma pequena cidade boliviana.
Bósnia e Herzegovina
Indicado pela última vez com o ótimo Quo Vadis, Aida?, a Bósnia será representada por Excursion, de Una Gunjak. Estreante na direção de lonas, Gunjak dirige sobre a vida de uma adolescente que, após uma pequena mentira, vê uma tempestade encobrir suas relações.
Bulgária
Nunca indicado, o país tentará o Oscar 2024 com Blaga's Lessons, de Stephan Komandarev. Premiada por sua interpretação, Eli Skorcheva interpreta uma professora que, após sofrer um golpe, decide se tornar uma golpista.
Canadá
Tendo vencido só uma vez a categoria, com The Barbarian Invasions em 2004, o segundo país do mundo entra na disputa pelo Oscar com o documentário Rojek, do diretor Zayne Akyol, sobre ex-membros do grupo terrorista Estado Islâmico e suas motivações, a partir de entrevistas.
Chile
O país latino, que já venceu o Oscar em 2018 com Uma Mulher Fantástica, surpreendeu e não será representado por El Conde, aguardado filme de Pablo Larraín, tendo escolhido Los Colonos como seu candidato. De Felipe Gálvez Haberle, o filme, exibido em Cannes, apresenta a dolorosa experiência de um jovem enviado para uma missão sangrenta com objetivo de limpar uma extensão de terra de povos indígenas para o rapaz que a possui. A MUBI é responsável pela distribuição do longa nos Estados Unidos.
Fonte: Divulgação
Colômbia
Indicada somente uma vez em 2016 com El abrazo de la serpiente, nossos vizinhos escolheram o drama Un Varón, de Fabián Hernández, para representá-los. Situado no meio de Bogotá, o longa acompanha um jovem que é surpreendido pela violência em seu bairro após sair do abrigo onde vive durante o Natal.
Coreia do Sul
País que fez história no Oscar com Parasita, a Coreia do Sul será representada em 2024 por Concrete Utopia, filme de Um Tae-Hwa. Na trama, um terremoto torna grande parte de Seul uma ruína e seus sobreviventes descobrem que o caos está apenas começando, quando tentam restaurar a ordem.
Croácia
Nunca indicado, o país nos Balcãs vai para a disputa do Oscar com Traces, filme de Dubravka Turić sobre uma cientista que começa a refletir sobre, dentre outras coisas, a longevidade e a solidão, após a morte de seu pai.
Estônia
Nunca indicado, o país do Leste Europeu escolheu o documentário Smoke Sauna Sisterhood, de Anna Hints, como seu representante por sua trama que une um grupo de mulheres em uma sauna para compartilhar seus segredos, frustrações e experiências.
Holanda
Três vezes vencedora do Oscar de Melhor Filme Internacional, a Holanda escolheu Sweet Dreams, filme de Ena Sendijarević, como seu representante na disputa de 2024. No longa, a veterana atriz Renée Soutendijk, que venceu em Locarno por sua atuação, interpreta uma viúva que obriga o filho e a nora a viajarem da Europa para a Indonésia e assumirem as propriedades da família.
Japão
Filme que deu a Kôji Yakusho o prêmio de Melhor Ator em Cannes 2024, Perfect Days representará a Terra do Sol Nascente no próximo Oscar. Dirigido por Wim Wenders, conhecemos o passado de um limpador de banheiros após uma série de encontros imprevisíveis.
Fonte: Divulgação
Lituânia
Nunca indicado, o país europeu terá o romance Slow, de Marija Kavtaradze, como seu representante no Oscar 2024. Exibido em Sundance, o longa acompanha o encontro entre uma bailaria e um intérprete de libras.
Peru
Nossos vizinhos indicados somente uma vez vão tentar chegar ao Oscar com La Ereccíon de Toribio Bardelli, de Adrian Sava, filme sobre uma família disfuncional que, após a morte da matriarca, precisa reavaliar suas escolhas.
Fonte: Divulgação
Romênia
Pela quarta vez, o diretor Radu Jude será o responsável pelo representante da Romênia no Oscar. Dessa vez o escolhido foi Do Not Expect Too Much From The End Of The World, filme co-estrelado por Nina Hoss sobre uma uma assistente sobrecarregada responsável por fazer um vídeo making of, até que, no vídeo, uma das funcionárias revela a negligência da empresa e, a partir daí, vários eventos acontecem. O país da Transilvânia já foi indicado ao Oscar em 2021 pelo documentário Collective.
Suíça
Duas vezes vencedor do Oscar, os suíços foram os primeiros a revelar sua escolha e decidiram apostar em Thunder, longa de Carmen Jaquier que versa sobre o retorno de uma adolescente a sua casa no interior para trabalhar na fazenda dos pais.
Tajiquistão
Marcando somente sua terceira submissão, o país asiático colocou Melody na disputa pela estatueta dourada. O filme de Behrouz Sebt Rasoul gira em torno de uma jovem musicista determinada a compor para crianças que lutam contra o câncer, usando os sons gravados de pássaros, apesar da presença de caçadores na área.
Taiwan
O país do lendário filme O Tigre e o Dragão escolheu a comédia Marry Me Dead Body (Um Romance do Além) para o representar no Oscar 2023. Responsável pela 7ª maior bilheteria do país, a trama, disponível na Netflix, segue um detetive que, após encontrar um envelope, se casa com um fantasma gay, enquanto precisa solucionar um crime.
Fonte: Divulgação
Tunísia
Indicado somente uma vez à categoria, o país africano submeteu o vencedor do Golden Eye de Cannes 2023, Four Daughters, de Kaouther Ben Hania. A trama, que mistura documentário e ficção, é explorado o caso de duas irmãs desaparecidas na Tunísia e a família que as lamenta.
Uruguai
Nossos vizinhos, que já tiveram sua única indicação revogada devido à alegação de fraude, submeteram a comédia Family Albums, do diretor Guillermo Rocamora, como seu representante. O longa é discorre sobre amadurecimento na medida em que explora os laços entre pais e filhos no vibrante mundo das bandas de rock.
*Texto em constante atualização
Comments