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Crítica | Grand Prix: A Toda Velocidade

  • Foto do escritor: Ávila Oliveira
    Ávila Oliveira
  • há 12 horas
  • 2 min de leitura

Animação desperdiçada potencial de analogias e se sustenta na ação

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação

Em Grand Prix: A Toda Velocidade, uma jovem ratinha chamada Edda sonha em se tornar uma corredora de carros e competir no Grand Prix. Esse sonho, porém, está muito distante da realidade de Edda que, vivendo no subúrbio da vibrante cidade de Paris, ajuda a administrar o parque de diversões da família ao lado de seu pai Erwin. Após a morte de sua mãe, os negócios não vão indo bem e, com uma conta repleta de dívidas, logo o parque será tomado dos dois. O mundo de Edda vira de cabeça para baixo, porém, quando inesperadamente aparece a oportunidade de não apenas salvar o estabelecimento da família, mas também disputar a corrida Grand Prix ao lado de seu ídolo, o piloto estrelado Ed. Sob a orientação do lendário Ed, Edda se disfarça do corredor campeão para competir no grande evento, enfrentando uma série de desafios e obstáculos na pista. O que começa como um plano arriscado e secreto, logo se transforma na chance de sua vida na qual o prêmio em dinheiro pode ser a salvação do sustento de sua família.


Toda animação que usa animais como personagens principais tem em mãos um material de potencial inesgotável de abordagens. O exemplo recente mais vívido disto é Zootopia (2016), que consegue misturar as mais variadas classes de animais e brincar com o imaginário antropomórfico de cada um deles dentro do roteiro proposto. E Grand Prix, coprodução da Alemanha com o Reino Unido, parece ignorar completamente toda essa capacidade criativa para se sustentar basicamente nas sequências de corrida e ação.


O diretor alemão Waldemar Fast desenvolve bons momentos frenéticos, dadas as proporções do gênero, mas para além disso não consegue dar muita vida ao roteiro bobo e sem inspiração que repete piadas e usa todos os clichês de textos já conhecidos do cinema infantil de maneira morna e enfadonha. As motivações dos personagens principais são rasas e previsíveis, sustentadas mais pela conveniência do roteiro do que por qualquer desenvolvimento emocional genuíno.

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação

Visualmente, o filme entrega uma estética competente, com cores vibrantes e fluidez nas cenas de corrida. No entanto, a ausência de um subtexto mais consistente ou de uma mensagem realmente inspiradora transforma o espetáculo visual em algo rapidamente esquecível. Falta o equilíbrio entre emoção e ritmo, entre fantasia e reflexão, que torna memoráveis as melhores animações do gênero.


Em última instância, Grand Prix: A Toda Velocidade é uma animação tecnicamente correta, mas emocionalmente fraca. Diverte momentaneamente com sua ação bem desenhada e bem acabada, mas chega ao final sem muita personalidade.


Nota: 2/5


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