Apenas mais um filme hollywoodiano pré-moldado, cafona e em baixa saturação
Foto: Divulgação
Depois que o Papai Noel – codinome: Das Neves – é sequestrado, o Chefe de Segurança do Polo Norte (Dwayne Johnson) deve se unir ao mais infame caçador de recompensas do mundo (Chris Evans) em uma missão global e cheia de ação para salvar o Natal.
Sou uma pessoa bastante deslumbrada com o espírito natalino em suas mais diferentes vertentes filosóficas, religiosas e comerciais que possam existir. Já assisti a incontáveis filmes natalinos entre clássicos que apenas melhoram com o tempo e outros mais alinhados ao doce descompromisso da Sessão da Tarde. Não sabia qualquer detalhe sobre essa produção quando cheguei para assisti-la, no entanto, sabia que não encontraria em Operação Natal uma experiência cinematográfica catártica, mas com certeza não esperava ser a farofa sem sal que é.
Se o roteiro se contivesse no sequestro do Papai Noel, como apresenta a sinopse, e buscasse – por mais tola que fosse – a justificativa mais fácil para o desenrolar de tal apuro, talvez o resultado não fosse tão prejudicado como acabou por acontecer. Os roteiristas preferiram, além de manter a esperada tolice natural de uma história envolvendo Papai Noel e sequestro, colocar inúmeros elementos e personagens mitológicos que transformou o filme num emaranhado cafona de sub narrativas desinteressantes, sem graça e de motivações fraquíssimas (várias cenas são até bem constrangedoras).
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Não vou ser hipócrita e fingir que não dei uma risadinha ou outra das muitas canastrices que os protagonistas exibem em cena, mas além nem aquém do que se espera do formato. Feche os olhos e aponte para as filmografias de Dwayne Johnson e de Chris Evans e as chances de você encontrar outros papéis exatamente iguais a este são de quase 100%. Mas infelizmente o restante do elenco parece não corresponder aos personagens medianos que lhes são oferecidos, e entregam atuações bem fora dos esquadros do gênero: ação com humor completamente esquecível.
Além disso, o filme é mais uma vítima do filtro de baixa saturação que impede o público de ter uma visão clara do que está acontecendo – o que, na verdade, nem sempre é uma coisa ruim porque vários dos efeitos visuais são vergonhosos. Mas num filme natalino se espera brilhos, luzes e cores vibrantes, mas o que se ganha aqui é mais um borrão escuro, manchado e sem expressividade.
Pouco provável que este passe por uma revisão minha, no entanto, se um dia eu me aventurar a tal, o bom é saber que pode ser uma experiência toda nova porque provavelmente semana que vem já terei esquecido de absolutamente tudo que vi nessas duas horas.
Nota: 1,5/5
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