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Crítica | Operação Vingança

  • Foto do escritor: Ávila Oliveira
    Ávila Oliveira
  • 10 de abr.
  • 2 min de leitura

Suspense funciona, mas tenta vender uma complexidade que simplesmente não existe.

Divulgação


Charlie Heller (Malek) é um brilhante, mas totalmente introvertido, decodificador da CIA que trabalha em um escritório no porão da sede em Langley e tem sua vida virada de cabeça para baixo quando sua esposa é assassinada em um ataque terrorista em Londres. Quando seus supervisores se recusam a tomar providências, ele decide resolver o problema com suas próprias mãos, embarcando em uma perigosa jornada pelo mundo para encontrar os responsáveis. Sua inteligência se torna sua arma mais poderosa para despistar seus perseguidores e conseguir sua vingança.


Operação Vingança é mais um longa estadunidense truqueiro que tenta enfeitar uma história básica de vingança, como o título brasileiro bem sugere, com personagens secundários e subtramas e que servem apenas como enxerto para o arco principal. O que não significa que não funcione como um bom entretenimento para um domingo à tarde em casa, só não vai mais além do que isso, mas tudo nele acha que vai.


O roteiro é baseado num romance e tenta jogar com a geopolítica atual sem se comprometer com qualquer lado. O texto usa de fáceis explicações, desenha bem seu contexto e cria situações-problemas facilmente resolvíveis com soluções óbvias que conspiram a favor do protagonista. Ou seja, clichê. Mas não tenho tanto problema com isso se no desenrolar narrativa a história fica fluída e bem-acabada. E aqui, em partes, isto acontece, mas realmente não entendi a vontade de tornar tudo mais complexo do que é, como se, de alguma forma, fosse conceder um aspecto mais sóbrio e menos recreativo ao filme (e, mais uma vez, como se isso fosse um problema, ou o problema).

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O elenco trabalha com papeis bem similares ao que fizeram em suas respectivas filmografias. Rami Malek conduz com tranquilidade o enredo e sabe ser sutil e pungente ao mesmo tempo em quase todos os momentos. Entre os personagens que acima falei que estavam presentes para encher linguiça eu destaco a participação de Jon Bernthal que passeou pelo filme sem qualquer direção.


O longa tem boas sequências de ação e é positivo em conseguir criar uma atmosfera de suspense constante que catalisa o desenvolvimento do roteiro que poderia ser bem mais enxuto. É um filme que vai entreter e pode até prender sua atenção, o que hoje em Hollywood é um problema, mas não vai mais longe que isso.


Nota; 2,5/5


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