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Crítica | O Verão que Mudou a Minha Vida - 3ª temporada

  • Foto do escritor: Gabriella Ferreira
    Gabriella Ferreira
  • há 1 dia
  • 3 min de leitura

Previsível, mas impossível de largar.

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação

Nos últimos dois meses, uma série domina as redes sociais e se tornou assunto nas rodas de quem acompanha séries de perto. Desde a estreia do primeiro episódio da terceira temporada de O Verão Que Mudou Minha Vida no Prime Video, há dois meses atrás, o público se apaixonou pelo último ano da série, que se tornou o assunto mais comentado toda quarta-feira.

O fenômeno vai além das telas: trends no TikTok com grandes times de futebol entrando na brincadeira e bares e restaurantes promovendo festas para acompanhar o episódio final em grande estilo. O Verão Que Mudou Minha Vida é, sem dúvidas, a série sensação do ano. Até quem nunca tinha ouvido falar de Belly (Lola Tung) passou a saber escolher entre Team Conrad (Chris Briney) ou Team Jeremiah (Gavin Casalegno) em poucas semanas. E não dá para negar: acompanhar uma série junto com outras pessoas e comentar cada acontecimento em diferentes rodas sociais é uma experiência única,  até mesmo quando a série não é perfeita.


Chegando ao fim nesta última quarta-feira, 17, o terceiro ano de O Verão Que Mudou Minha Vida acompanha Belly no final do seu primeiro ano de faculdade, ansiosa pelo próximo verão em Cousins Beach com Jeremiah, com quem chega a noivar após uma série de acontecimentos. No entanto, o retorno de Conrad reabre feridas e reacende sentimentos antigos, colocando Belly em uma encruzilhada emocional. Além disso, a traição de Jeremiah e a necessidade de confrontar seu primeiro amor abrem espaço para decisões inesperadas.


Tecnicamente, a terceira temporada de O Verão Que Mudou Minha Vida segue um caminho seguro, sem muitas surpresas. A série se destaca na fotografia, nas escolhas de cores e na trilha sonora, recheada de hits de Taylor Swift e outros sucessos pop, que se encaixam perfeitamente na história e ainda conseguem atrair os fãs diretamente para a tela do streaming. Por outro lado, tropeça em diálogos expositivos e atuações que, por vezes, soam exageradas. A narrativa é um verdadeiro clichê, e desde o início fica claro para onde a história vai. Ainda assim, o grande mérito da criação de Jenny Han é reconhecer isso, abraçando o tom leve e divertido sem tentar parecer mais séria do que realmente é.

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação

Ainda assim, é justamente a consciência da série sobre seu próprio clichê que se torna seu trunfo. Jenny Han, criadora da série, abraça o tom leve e divertido sem tentar tornar a história mais séria ou profunda do que realmente é. O resultado é uma produção que, mesmo previsível, consegue entreter e engajar seu público de forma consistente. Como eu já disse em algumas críticas anteriores, quando falamos de romance em especial, não necessariamente algo clichê é ser algo ruim e O Verão Que Mudou Minha Vida sabe disso. Ela não é inovadora, nem pretende ser. Na verdade, a série domina os clichês do gênero, adaptando-os com inteligência para a geração atual.


É fato, porém, que neste último ano a série perde um pouco o equilíbrio, especialmente no drama envolvendo Jeremiah e Belly. As temporadas anteriores se preocupavam mais em trazer sensibilidade e explorar temas mais profundos. Já na terceira temporada, mergulhamos de vez no triângulo amoroso que, convenhamos, só parece ter uma escolha óbvia. O foco exclusivo no triângulo amoroso, apesar de envolvente, restringe a narrativa, deixando poucas surpresas ou nuances para além do drama entre Belly, Conrad e Jeremiah.


No fim das contas, a terceira temporada de O Verão Que Mudou Minha Vida não precisa reinventar a roda para conquistar. Entre clichês, dramas e escolhas óbvias, a série brilha por sua capacidade de fazer o público rir, suspirar e se emocionar junto com Belly. É uma história que, mesmo previsível, cumpre seu maior objetivo: envolver e conectar os fãs de forma genuína, provando que, às vezes, a magia do entretenimento está justamente em nos fazer sentir tudo de uma vez, sem pedir desculpas por isso.


Nota: 3.5/5

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