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De estreias aguardadas a ausências estratégicas: o que esperar dos grandes festivais de Veneza, Telluride e Toronto?

  • Foto do escritor: Oxente Pipoca
    Oxente Pipoca
  • 14 de jul.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 16 de jul.

A temporada de festivais no hemisfério norte começa a desenhar o mapa das campanhas rumo às premiações de 2026

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Com a chegada do verão no hemisfério norte, o termômetro do cinema mundial começa a subir com os anúncios que moldarão a temporada de festivais e, consequentemente, a corrida pelas premiações de 2026. Os três grandes festivais "de outono" - Veneza, Telluride e Toronto - dão o pontapé inicial às campanhas de filmes, sejam estreias mundiais ou reapresentações vindas de Cannes, Berlim ou Sundance.


A seguir, traçamos um panorama com os filmes confirmados, esperados e incertos que devem fazer parte da temporada de 2026, que pode ser outro ano bem satisfatório para os brasileiros:


Estreias prováveis nos festivais

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Temos o interessante caso dos irmãos Safdie, que fizeram seus últimos filmes de ficção juntos, mas agora têm dois projetos solo: Marty Supreme, dirigido por Josh Safdie e estrelado por Timothée Chalamet, interpretando um jogador de tênis de mesa destinado ao sucesso; e The Smashing Machine, dirigido por Benny Safdie e estrelado por Dwayne Johnson, como um lutador de MMA. Ambos os filmes têm a distribuição da A24 nos Estados Unidos, que também distribuiu o último longa da dupla, Uncut Gems. Isso pode indicar que ambos seguirão um caminho semelhante - estreando mundialmente em Telluride com passagem por Toronto, como foi o caso de Uncut Gems. A possibilidade, no entanto, é que The Smashing Machine antecipe sua estreia por conta do lançamento em outubro, enquanto Marty Supreme seja reservado para Nova York ou Londres.


Outros títulos praticamente certos nos festivais incluem:


  • Wake Up Dead Man (Rian Johnson), em Toronto, onde os dois filmes anteriores da saga tiveram suas estreias mundiais;


  • The Running Man (Edgar Wright), que deve levar um blockbuster a Veneza, da mesma forma que Coringa no ano passado;


  • Hamnet, o retorno de Chloé Zhao ao cinema independente após Eternos.

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Minha grande aposta deste ano é que o novo filme de Guillermo del Toro, Frankenstein, pode pular Veneza e Telluride e ter sua estreia mundial em Toronto. Essa escolha pode estar relacionada à celebração dos 50 anos do festival, e este seria o blockbuster perfeito para a ocasião, já que Del Toro gravou todos os seus filmes recentes na cidade. A escolha parece estratégica, ainda mais após del Toro organizar uma curadoria especial para o TIFF neste mês de julho.

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Filmes que tinham indícios de estreia em Cannes, mas acabaram ficando de fora da seleção:


  • Ann Lee (Mona Fastvold)

  • Mother Mary (David Lowery)

  • I Want Your Sex (Gregg Araki)

  • Father Mother Sister Brother (Jim Jarmusch)

  • The Drama (Kristoffer Borgli)

  • Ella McCay (James L. Brooks)

  • Rosebush Pruning (do brasileiro Karim Aïnouz)

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Caminhos estratégicos para a temporada de premiações

Com base no histórico de diretores e distribuidoras, alguns títulos já são esperados com campanhas bem definidas:


  • Bugonia (Yorgos Lanthimos) - Veneza, Melhor Filme

  • Jay Kelly (Noah Baumbach) - Telluride, Melhor Ator (George Clooney)

  • Outcome (Jonah Hill) - Telluride, Melhor Roteiro

  • At The Sea (Kornél Mundruczó) - Toronto, Melhor Atriz (Amy Adams)

  • Hedda (Nia DaCosta) - Toronto (Confirmado), Melhor Direção

  • No Other Choice (Park Chan-wook) - Veneza, Melhor Filme Internacional

  • A House of Dynamite (Kathryn Bigelow) - Telluride, Melhor Filme

  • After The Hunt (Luca Guadagnino) - Veneza, Melhor Roteiro

  • Springsteen: Deliver Me From Nowhere (Scott Cooper) - Veneza ou Telluride, Melhor Ator (Jeremy Allen White)

  • Biopic da Christy Martin (David Michôd) - Telluride, Melhor Atriz (Sydney Sweeney)

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Títulos voltados à distribuição internacional

Estes filmes devem usar os festivais como vitrines para negociações internacionais, mesmo sem grandes ambições de campanha:


  • Dolores (Marcelo Gomes e Maria Escobar)

  • 100 Nights of Hero (Julia Jackman)

  • Good Luck, Have Fun, Don't Die (Gore Verbinski)

  • Rental Family (Hikari)

  • Normal (Ben Wheatley)

  • See You When I See You (Jay Duplass)

  • Savage House (Peter Glanz)

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Filmes incertos - por calendário ou escolha estratégica

Agora, alguns filmes que podemos ter esperança de ver nos festivais, mas sem garantia de presença. Isso pode acontecer por escolha dos estúdios ou porque os filmes não estarão prontos a tempo:


  • One Battle After Another (Paul Thomas Anderson)

  • Anemone (Ronan Day-Lewis) - primeiro filme de Daniel Day-Lewis em 8 anos

  • Klara and the Sun (Taika Waititi)

  • The Last Disturbance of Madeline Hynde (Kenneth Branagh)

  • The Ballad of a Small Player (Edward Berger)

  • Belly of the Beast (Andrew Haigh)

  • Dead Man's Wire (Gus Van Sant)

  • The Way of the Wind (Terrence Malick)

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🚫 Filmes que devem ficar de fora dos festivais

Por decisão estratégica, duas grandes estreias do segundo semestre não devem passar por festivais:


  • Wicked: For Good, que deve repetir a campanha isolada de 2024;

  • Avatar: Fogo e Cinzas, com estreia mundial prevista para dezembro e enredo mantido sob sigilo absoluto por James Cameron.


Esses são apenas alguns das dezenas de filmes que estreiam nos próximos meses, e a única certeza que temos é que teremos mais uma temporada de premiações repleta de surpresas.

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