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Especial Leo Tabosa: 15 anos de cinema versátil, plural e nordestino

  • Foto do escritor: Ávila Oliveira
    Ávila Oliveira
  • 12 de set.
  • 5 min de leitura

O Oxente Pipoca celebra os 15 anos de carreira do diretor pernambucano, que terá seu primeiro longa-metragem exibido na abertura do Cine Ceará 2025.


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Foto: Alex Costa / Divulgação


Na véspera da estreia de seu primeiro longa-metragem, Gravidade, na abertura do 35º Cine Ceará, o Oxente Pipoca convida você a revisitar a trajetória que consolidou Leo Tabosa como um dos nomes de destaque do cinema brasileiro. São 15 anos de carreira, oito curtas realizados e mais de 80 prêmios conquistados em festivais nacionais e internacionais. A chegada do longa marca uma virada importante, mas também celebra uma caminhada que foi construída com sensibilidade, consistência e muito afeto pelo cinema.


Nascido em Caruaru, no agreste de Pernambuco, Tabosa é graduado em História e em Comunicação Social, além de mestre em Comunicação pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), onde hoje também atua como gestor cultural. Em 2014, fundou a produtora Pontilhado Cinematográfico, com sede no Recife e filial em São Paulo, e se tornou um articulador fundamental no audiovisual nordestino. É também idealizador e diretor artístico do Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim, e da Mostra Curta Vazantes, realizada no interior do Ceará. Entre a criação de filmes e a criação de espaços de exibição, seu trabalho sempre foi atravessado pela ideia de fortalecer o cinema em contextos locais.


Seus curtas marcaram presença em importantes mostras e festivais dentro e fora do Brasil: Brasília, Gramado, Cine Ceará, Havana, Guadalajara, Málaga, Queer Porto, entre outros. A cada novo trabalho, o cineasta ampliava seu alcance, acumulando prêmios de Melhor Filme, Direção, Fotografia, Atuação e Roteiro. Esse reconhecimento consagrou sua filmografia em curtas não apenas pela quantidade de conquistas, mas pela diversidade de linguagens exploradas, da animação ao documentário, passando pela ficção de forte impacto dramático.


Agora, ao estrear Gravidade no Cine Ceará e já desenvolvendo seu próximo longa, Essa Tristeza que Não Vai Embora, Tabosa inicia um novo ciclo em sua jornada no cinema. Mas sua versátil trajetória até aqui prova que ele já deixou uma marca indelével no cinema brasileiro. Prestigiar seus curtas é reconhecer um percurso de persistência, talento e amor pela arte, que agora se expande para os longas com a mesma força que marcou cada um de seus trabalhos anteriores.


Todos os curtas-metragens de Leo Tabosa estão disponíveis no canal da Pontilhado Cinematográfico no Vimeo.


Documentário inaugural da carreira de Leo Tabosa, acompanha personagens comuns de Pernambuco, observando seus gestos, expressões e cotidianos. Um olhar poético sobre a identidade cultural e afetiva de sua cidade natal. Foi premiado com o Prêmio Júri Popular de Melhor Filme no Festival de Cinema Universitário de Sergipe (Sercine), além de ter recebido Melhor Documentário no Festival de Cinema Digital de Jericoacoara (CE) e no I Festival de Cinema de Rio Bonito (RJ), e Best Video e Best Direction no Focus Brazil Video Fest (Fort Lauderdale, EUA).


O documentário aborda as dificuldades de um estrangeiro em adaptar-se à sua nova realidade. Foi o grande vencedor na Mostra Competitiva de Curtas Nacionais do Cine-PE, conquistando Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Fotografia (Alex Costa e Breno César) e o Prêmio da Crítica/Abraccine. Ainda conquistou cerca de 22 prêmios em festivais e foi premiado com Melhor Direção de Curta-Metragem no Festival de Cinema de Triunfo (PE).


Animação baseada no livro homônimo de Tabosa, acompanha um garoto que descobre o poder da imaginação diante das adversidades do mundo. Um curta lúdico, delicado e repleto de inventividade visual. O curta foi reconhecido como a Melhor Animação do XII Festival Curta Canoa, em Canoa Quebrada (CE).


Grande vencedor do V Recifest – Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero, em Recife (PE), o documentário ambientado no Rio de Janeiro acompanha a jornada de um artista e pioneiro na comunidade BDSM brasileira.  


Uma professora sai do sertão pernambucano e tenta ser atriz em São Paulo. Sem sucesso, ela retorna 20 anos depois para cuidar da mãe doente e dar aulas. Com isso, ela constrói uma forte amizade com um de seus alunos. O filme teve ampla vitória: no Festival de Gramado, ganhou o Kikito de Melhor Fotografia e o Prêmio Canal Brasil de Curtas; no 28º Cine Ceará, levou o Troféu Mucuripe de Melhor Curta, o Prêmio da Crítica (Abracine), Prêmio Mistika e Prêmio Cia Rio; e ainda ganhou no Festival Santa Cruz de Cinema (RS) os prêmios de Fotografia, Direção e Melhor Filme, além do troféu Tipuana.


Ficção premiadíssima que acompanha a personagem-título, uma travesti que retorna à sua cidade natal para rever a família. O reencontro é marcado por lembranças, conflitos e afetos, em uma narrativa que combina delicadeza e potência política. Ganhou o Prêmio Cinemateca Pernambucana no FestCurtas Fundaj e foi duplamente premiado no Cine Ceará 2019, conquistando o Troféu Mucuripe de Melhor Curta e o Prêmio Mistika.


Drama de ficção ambientado no sertão cearense, segue o jovem Dinho em um momento de descoberta e transformação pessoal. O curta explora com intensidade as relações familiares e os dilemas da juventude em meio a um ambiente rural. No 33º Cine Ceará, o filme recebeu o Troféu Mucuripe de Melhor Direção. Também foi destaque no 13º Festival Internacional de Cinema – RIO LGBTQIA+ 2024 (Menção Honrosa Júri do Festival) e no 18º For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero (Melhor Direção), entre outros.


Na véspera de São João, Francisca, uma viúva prestes a completar 75 anos, está a ponto de explodir como fogos de artifício. Com Divina Valéria, Tuca Andrada e Soia Lira no elenco. Entre os prêmios recebidos estão o de Melhor Atriz Coadjuvante (Soia Lira) no 48 Guarnicê – Festival de Cinema, o de Melhor Atriz (Divina Valéria) e o Prêmio de Aquisição do Sesc TV no 32º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade e o de Melhor Fotografia no 12º Curta Brasília – Festival Internacional de Curta-Metragem.


Gravidade (2025)

Sydia (Clarisse Abujamra) e Nina (Hermila Guedes) são mãe e filha que passam uma noite isoladas na antiga mansão da família. Enquanto enfrentam uma relação difícil, elas são surpreendidas com a chegada de uma desconhecida, Lara (Danny Barbosa), e com o retorno de Joana (Marcélia Cartaxo), uma funcionária da casa que havia sumido sem explicações e agora carrega notícias do mundo exterior. Diante de um colapso iminente, as quatro mulheres se deparam com traumas do passado e serão confrontadas com o peso de suas escolhas.




FICHA TÉCNICA

Gravidade – 2025

Classificação indicativa: 12 anos

Duração: 90 minutos

Gênero: Ficção

País: Brasil

Idioma: Português

Direção: Leo Tabosa

Roteiro: Leo Tabosa e Arthur Leite

Elenco: Hermila Guedes, Clarisse Abujamra, Danny Barbosa, Marcélia Cartaxo e Helena Ignez

Produção Executiva: Bárbara Cariry e Arthur Leite

Direção de Produção: Priscila Lima e Teta Maia

Direção de Fotografia: Petrus Cariry

Direção de Arte: Sérgio Silveira

Figurino: Lana Benigno

Visagismo: Marcos Freire

Som Direto: Guma Farias

Montagem: Petrus Cariry

Mixagem: Érico Paiva

Trilha Musical: João Victor Barroso

Produtora: Pontilhado Cinematográfico

Distribuidora: Sereia Filmes


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