A 17ª edição do evento acontece entre os dias 01 e 07 de dezembro
Divulgação: Pérola (Murilo Benício)
Na última quarta-feira, 23 de novembro, aconteceu a divulgação dos filmes selecionados para Mostras Competitivas Nacional (longas e curtas) e Mostra Sob o Céu Nordestino (longas e curtas) do Fest Aruanda 2022, que acontece entre 01 e 07 de dezembro na cidade de João Pessoa.
Além das mostras, o evento conta com uma série de homenagens. Entre elas: Zezé Motta, Tony Tornado, Jurandy Moura, Eliézer Rolim, Zezita Matos, Fernando Teixeira e Gal Costa.
O fundador e produtor executivo Lúcio Vilar abriu a coletiva de imprensa afirmando que o festival "já está na praça, já está em curso através do projeto Aruandando no Brejo Paraibano que realiza um périplo por cinco cidades da referida região, democratizando o acesso para quem está distante da Capital". Confiram a lista completa:
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS-METRAGENS:
• Andança - Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho (Pedro Bronz)
O filme se debruça em imagens documentadas por Beth Carvalho, “A Madrinha do Samba”, ao longo dos 53 anos de palcos e pagodes, para traçar um recorte único e íntimo de sua carreira.
• Bia (Taciano Valério)
Bia é uma mulher não alheia aos ditames de uma sociedade patriarcal e sexista, e que enfrenta, como tantas outras mulheres, as dificuldades em dar um “não” às práticas heteronormativas, misóginas e sexistas da sociedade em que vive. Doutoranda, investiga o lugar da mulher no espaço da luta da camponesa, traduzida nas mulheres sem-terra, que são personagens reais no filme, através delas Bia busca forças para romper de vez com as estruturas fundacionais do patriarcado, como casamento, família, valorizando o seu trabalho e a sua liberdade.
• Fausto Fawcett na Cabeça (Victor Lopes)
Documentário sobre o cantor, poeta e compositor de músicas ícones como “Kátia Flávia” e “Rio 40 Graus”, Fausto Fawcett é também autor de cinco romances e diversas performances que desvendam um vasto e singular universo. Partindo de signos reais e cotidianos com raízes em Copacabana, sua obra cruza fronteiras narrativas, filosóficas e temporais para instaurar visões futuristas e experiências sensoriais que chacoalham a aventura humana nos carregando para outros mundos. O destino deste filme-transe é entrar nestes mundos que habitam a mente criativa, inquieta e desafiadora de um artista único.
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• Lupicínio Rodrigues - Confissões de um Sofredor (Alfredo Manevy)
Celebra o legado poético de Lupicínio Rodrigues, investigando a contribuição musical e o contexto histórico desse compositor nascido no Rio Grande do Sul e autor de sucessos que ultrapassam gerações.
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• Pérola (Murilo Benício)
Baseada na obra de Mauro Rasi, Pérola conta a história de uma mãe pelo olhar de seu filho. Logo após saber da morte da mãe, Mauro volta para sua antiga casa, em Bauru. A partir desse caminho de volta, revive momentos passados de sua família.
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• Propriedade (Daniel Bandeira)
Para proteger-se de uma revolta dos trabalhadores da fazenda de sua família, uma mulher se tranca em seu carro blindado. Separados por uma camada impenetrável de vidro, dois universos estão prestes a colidir.
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MOSTRA COMPETITIVA SOB O CÉU NORDESTINO DE LONGAS-METRAGENS:
• Cordelina (Jaime Guimarães)
Uma mulher peregrina por estradas do interior de Pernambuco e Paraíba e leva um tesouro dentro de uma caixa. Por onde passa encontra pessoas que se encantam com a arte, a vida e a singeleza. Dentro de si ela reflete sobre sua terra, as memórias de sua amiga árvore Angico e conta histórias dentro de histórias. Cordelina é um roadmovie que fala de encantamento e de sempre renascer.
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• Fim de Semana no Paraíso Selvagem (Severino)
Entre a margem de uma praia marcada por coqueiros tropicais e a margem oposta cravada de usinas e cargueiros, há um território de disputas desleais entre tubarões e peixes pequenos. É nele que Rejane chega para tentar entender o que aconteceu com seu irmão, um exímio mergulhador encontrado morto em um mar cercado de sombras por todos os lados.
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• Manguebit (Jura Capela)
O mangue beat, movimento musical e estético que nasceu em Pernambuco nos anos 90, mudou a visibilidade das periferias e das manifestações culturais da região metropolitana de Recife e colocou o estado na rota do mercado musical mundial, após o lançamento de bandas como Chico Science e Nação Zumbi e Mundo Livre S.A. O filme MANGUEBIT experimenta a liberdade do pensar do mangue por meio de uma linguagem multifacetada, que reúne ideias e ideais, refletindo a ousadia que deu vazão ao grande símbolo do movimento: uma antena parabólica enfiada na lama dos estuários.
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• Paterno (Marcelo Lordello)
Para realizar seu edifício mais ambicioso, Sérgio, um arquiteto de 55 anos, precisa tomar o poder da empreiteira da família com um plano que depende da herança do seu pai Heitor, em estado terminal. No entanto, Sérgio descobre um segredo guardado há muito tempo por Heitor. Começa assim uma busca obsessiva e reveladora do passado de seu pai, algo que desconstruirá Sérgio e todas as suas certezas.
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• Pequenos Guerreiros (Bárbara Cariry)
Cosme e Dona Maria, acompanhados do filho Benedito e dos sobrinhos Matheuzinho e Bruna, fazem uma viagem do litoral até a cidade de Barbalha, onde vão pagar uma promessa na Festa do Pau da Bandeira. A viagem é uma descoberta das paisagens, das histórias e das riquezas culturais do sertão. As três crianças vivem um processo de encantamento e afetividade e, depois da bonita aventura, Bruna, Matheuzinho e Benedito serão para sempre grandes amigos.
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MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS-METRAGENS:
• Mergulho (Marton Olympio e Anderson Jesus)
Durante os preparativos para um final de semana na praia, os sentimentos de uma família são confrontados a partir do retorno do filho mais velho, longe há dez anos. Mesmo sem querer eles mergulham nas próprias emoções.
• Tiro de Misericórdia (Augusto Barros)
O sol ilumina o casal na cama. Ao levantar-se, o rapaz evidencia seu embaraço diante da anfitriã. No correr do dia, a casa transforma-se num templo solene. Ela sai da condição de amante para a de sacerdotisa. Ele transforma seu embaraço em confissão.
• Carta Para Glauber (Gregory Baltz)
Em 1964, dias após o golpe militar que instaurou a ditadura no Brasil, Gustavo Dahl, cineasta e pensador do cinema brasileiro, escreve uma carta para o amigo Glauber Rocha, que estava em Cannes apresentando seu filme Deus e o Diabo na Terra do Sol.
• Déjà Vu (Carlos Mosca)
Dois produtores de audiovisual independentes, comemoram uma premiação em dinheiro de seu filme, num festival importante. Enquanto se banqueteiam na mesa da cozinha, discutem as “dores e delícias” do cinema.
• Desejo e Necessidade (Milso Roberto)
Uma família de retirantes do interior vem à feira de Campina Grande a procura do pai que partiu em busca de trabalho. Partiu dividido entre o desejo de ficar e a necessidade do sustento. Logo eles descobrem o turbilhão que é a vida na sociedade urbana. Com sua dinâmica que mói os indivíduos e destrói aquela família já dilacerada. Esse é o mote do espetáculo "A FEIRA" da dramaturga LOURDES RAMALHO encenado nesse filme com a expressão corporal dos integrantes do Balé cidade de Campina Grande em uma performance que expressa os sentimentos dessa jornada pela feira central de Campina Grande, que é considerada patrimônio histórico-cultural imaterial brasileiro pelo IPHAN.
• Sangue Por Sangue (Ian Abé e Rodolpho de Barros)
Longe de tudo e de todos, três homens selam seus destinos.
• Saindo com Estranhos da Internet (Eduardo Wahrhaftig)
Dezenas de milhões de pessoas estão usando algum aplicativo de paquera. Este é o relato de alguns usuários compartilhando histórias sobre encontros bons e ruins e suas impressões sobre paquerar na era dos smartphones.
• Quarentena (Adriel Nizer e Nando Sturmer)
Brasil. É noite. Mãe e filho descobrem que não estão sozinhos durante a quarentena.
• Eles Não Vêm em Paz (Pedro Oranges e Victor Silva)
Enquanto dois irmãos assistem uma matéria de jornal sobre seres extraterrestres, o irmão mais velho faz uma analogia sobre o seu mundo ser invadido por visitantes indesejados.
• Socorro (Susanna Lira)
Um grito de socorro da líder comunitária Socorro do Burajuba, do município de Barcarena, no Pará, considerado como uma "zona de sacrifício" ambiental e social.
• Filme de Quarto (Raffaella Rosset)
Num apartamento esvaziado no centro de São Paulo uma mulher divide a sala com uma imagem. Enquanto isso, uma infiltração ameaça o prédio.
• Tekoha (Carlos Adriano)
Em 6 de setembro de 2021, seguranças privados de fazendeiros queimaram uma casa familiar Guarani Kaiowá, no Tekoha Ava’te, em área de Retomada, na Reserva de Dourados (Mato Grosso do Sul). A ação violenta e criminosa foi registrada em vídeo (um plano só, de 02 min 52 seg) pelo Povo Guarani Kaiowá. Em 29 de dezembro de 2021, membros de igreja pentecostal queimaram uma casa de reza Guarani Kaiowá, no Tekoha Itay Ka’Agwyrusu, em Douradina (Mato Grosso do Sul). Também registrada em vídeo pelo Povo Guarani Kaiowá (um plano só, de 51 seg). A Oga Pysy (Casa de Reza) é patrimônio coletivo da cultura e da religião do Povo Guarani Kaiowá. Para os Guarani Kaiowá, Tekoha é a definição de terra indígena, território étnico e vital dos povos originários do Brasil – um lugar onde se é. O filme apresenta fragmentos de três cantos Guarani Kaiowá, do Cacique Getúlio, chamados Ñengary (canto-reza), traduzidos especialmente para este filme por Douglas Diegues em colaboração com Dani Guarani Kaiowá (da região de Dourados) e Gregorio Gómez Centurión.
MOSTRA COMPETITIVA SOB O CÉU NORDESTINO DE CURTAS PARAIBANOS:
• Aratu (Firmino de Almeida)
Uma mãe solteira reencontra seu filho desaparecido há anos enquanto luta pelo seu direito à moradia numa comunidade de ocupação. Ao passo que uma antiga figura dofolclore brasileiro entra em cena.
• A Praça de Joás (Gutenberg Pequeno)
A destruição e demolição de obras e monumentos históricos tem ocorrido com mais frequência nos últimos anos, talvez por uma tentativa de apagar os fatos históricos ali representados, de um lado não satisfeito com tal memória. Situação que chega a Praça de Joás, onde a placa da praça foi apagada logo após sua inauguração, talvez por insatisfação de quem não conheceu Joás. Sendo assim, Mana, Régis Soares, Pedro Osmar, Escurinho e Walber resolvem contar um pouco da história do amigo e líder comunitário que deu nome à praça.
• Anjos Cingidos (Laercio Filho e Maria Tereza Azevedo)
Sertão nordestino início do século XX. A mortalidade infantil é uma das mais altas de todo o país. Dezenas de crianças morriam todos os dias, muitas delas sem sequer terem sido batizadas, sendo negado as mesmas o direito de um sepultamento dentro da tradição cristã, dominante naquelas terras.
• A Espera (Ana Célia Gomes)
Busca refletir sobre anseios, sentimentos, sonhos... É sobre como viver em mundo que apenas se espera ser notado, encontrar e receber amor, afeto e cuidados.
• Calunga Maior (Thiago Costa)
Ana, uma escritora, recentemente órfã, que decide se aventurar pelos becos da memória e seu relacionamento rompido com a mãe e a avó.
• Era Uma Noite de São João (Bruna Velden)
Dona Dorinha, uma viúva idosa cumprindo quarentena no interior do Sertão, relembra da janela de seu sobradinho a sua história de vida através das festas juninas da cidade ao longo dos anos.
• Não Existe Pôr do Sol (Janaína Lacerda)
Um terraplanista, Cláudio Wagner, viaja até a praia para refutar a teoria da terra redonda, porém, no caminho, coisas estranhas acontecem.
• O Rebanho de Quincas (Hipólito Lucena e Rebeca Souza)
Joaquim é um simples pastor de ovelhas, habitante do Cariri paraibano. Vive o seu cotidiano dividido entre a lida da criação, trabalho com o qual sobrevive, e a leitura em sua biblioteca repleta de almanaques e livros de filosofia. Depois de uma noite mal dormida, toma uma decisão importante.
• Rendeiros (Romero Sousa)
Três gerações de rendeiros do cariri paraibano é o ponto de partida deste documentário que apresenta homens que tecem renda renascença em um universo predominantemente feminino.
MOSTRA CALEIDOSCÓPIO UNIVERSITÁRIO - UFPB
• Outras Maneiras (Malu Ramos)
Quando descobri que a fotografia sempre foi muito mais do que um registro do cotidiano.
• Miau (Allyson Souza)
Quando uma amiga próxima desaparece, Bento e Mari iniciam uma investigação que os leva a uma antiga lenda da UFPB.
• Rapadura (Erika Paz)
João é um sertanejo que decide conhecer a vida na capital da Paraíba, quando tenta a sorte com um bilhete premiado. O que ele não espera são as trapaças nas quais se mete através de sua prima, Júlia, que dificultam sua chegada ao prêmio.
• Fobia Social (Sydney Nelson)
Youtuber que sofre de fobia social é chamado para apresentar um evento, ao se preparar psicologicamente algo lhe deixa incerto.
• Luna (Debora Lucia)
Luna é mãe da casa das milhões, e uma pessoa influente na cena ballroom local, acompanhamos seu dia a dia, sua história, dificuldades e alegrias sobre a óptica dela, e de pessoas próximas também incluídas e influentes na cena
• Afrocantos (Ana Beatriz Rocha)
Afrocantos traz relatos de mulheres negras de diferentes ocupações, elas contam sobre os desafios do racismo, a busca da identidade e o poder da autodefinição. O fio condutor das narrativas é a canção ‘A mulher do fim do mundo’, de Elza Soares. O filme surge da crença de que músicas pretas são uma forma de intelectualidade orgânica, por isso vale a pena buscar histórias reais representadas em famosos versos da música brasileira. Afrocantos é sobre ancestralidade, autoamor e arte.
Patrocínios e parcerias – A 17ª edição do Fest Aruanda tem patrocínio master do Grupo Energisa, da Cagepa e copatrocínio da PBGás, via Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, sob a chancela do CCHLA-UFPB e da Bolandeir@rte&Films, produtora do evento.
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