Entrevista | Ben Wang, Ralph Macchio e Joshua Jackson falam sobre "Karate Kid: Lendas" e importância do filme para as novas gerações
- Matheus Gomes
- 14 de mai.
- 4 min de leitura
Atualizado: 25 de mai.
Em entrevista ao Oxente Pipoca, os atores falaram um pouco sobre os principais desafios em gravar o “revival” e suas experiências individuais em estarem dentro de uma franquia tão longeva.

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O universo de Karate Kid retorna às telonas com Karate Kid Legends, novo capítulo da franquia que estreou no último dia 8 de maio. Reunindo nomes consagrados e talentos em ascensão, o longa traz Ralph Macchio de volta ao icônico papel de Daniel LaRusso, ao lado de Ben Wang, nosso novo protagonista, e Joshua Jackson, conhecido por Dawson’s Creek e Fringe. Em meio a homenagens, confrontos e lições de vida, o filme resgata a essência da saga original enquanto amplia seu legado para uma nova geração.
A convite da Sony, o Oxente Pipoca teve a chance de conversar com os três atores sobre o processo criativo por trás do filme, os desafios físicos e emocionais das gravações, e o impacto duradouro que Karate Kid exerce na cultura pop. Você confere a entrevista completa logo abaixo:
Matheus Gomes (Oxente Pipoca): Olá, pessoal! Sou um grande fã do trabalho dos três e fiquei muito feliz ao assistir ao filme. Sabemos que Legends é um filme sobre legado e o diálogo entre as gerações. Eu gostaria de saber qual o principal desafio que vocês enfrentaram nas gravações do filme e como isso impactou no processo.
Ben Wang: Acho que meu principal desafio provavelmente foi fazer com que as cenas de luta parecessem boas, principalmente, fazer isso sem vomitar na frente do Jackie Chan (risos). Mas falando sério agora, eu já atuei antes, mas nunca tinha feito um filme com tantas cenas de luta – isso foi completamente novo para mim. Eu tinha alguma base em artes marciais e isso ajudou um pouco, mas chegar a um ponto em que eu parecesse convincente perto da realeza das artes marciais [Jackie] foi de fato meu maior desafio.
Ralph Macchio: Para mim o maior desafio foi, principalmente, a logística. Eu tinha acabado de finalizar Cobra Kai e tivemos uma grande festa de encerramento. No outro dia eu já estava em um avião rumo ao set, dentro de um filme que acontece cronologicamente três anos após o fim da série. Eu tive que recalibrar meu cérebro para pensar onde a evolução do meu personagem estava depois desses três anos e pular em um trem em movimento onde todos já estavam gravando há mais ou menos 2 meses.
O filme já estava na metade. Jackie e sua grande personalidade já estavam totalmente dentro do projeto, todo mundo já conhecia todo mundo e esses caras [Ben e Joshua] já tinha gravado praticamente todas as suas cenas. Eu sabia que eu significava alguma coisa para a franquia então eu até que cheguei não me sentindo totalmente intimidado. Mas, eu estava na casa de outra pessoa e esse foi o sentimento durante alguns dias. Então, [o maior desafio] foi sobre firmar as bases do meu personagem e permanecer verdadeiro à sua essência; trazer aquele tecido que conecta Daniel Larusso dos outros filmes para algo novo. Esse foi o maior desafio.
A questão das artes marciais até que passou. Sabe? Eu tinha acabado de chegar, não tive tanto tempo para me ambientar às cenas de luta e eu consegui trazer meu dublê comigo e isso ajudou bastante. Acho que as cenas de luta e de treinamento saíram legais!
[Joshua para Ralph]: Sim! (Risos) Até pareceu que você botou para quebrar lá.
Joshua Jackson: Vamos ver... Meu maior desafio foi ganhar peso para o personagem. O plano era ficar [no nível] de um peso pesado. Eu quase cheguei lá. Para ser um peso pesado você tem que ter a partir de 205 libras (92kg), mas eu cheguei até 195 libras (88kg), o que deve ser algo como um peso pena ou algo parecido. O que é 20 libras (9kg) mais pesado do que eu costumo ficar, então isso foi demais. Comer toda aquela comida não foi fácil (risos). Parece simples, mas não é nada simples.

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Matheus Gomes (Oxente Pipoca): Ralph, não vemos Daniel Larusso nas telonas desde 1989. Como foi essa experiência para você? O que nesse projeto em particular chamou sua atenção? Como é estar de volta?
Ralph Macchio: Sim! Estou muito animado. Algumas informações eu ainda não tenho até eu assistir o filme numa telona. Eu assisti em uma cabine, mas assistir ao filme junto do público vai ser muito instigante para mim, o que eu não tive oportunidade de fazer ainda. Grande parte do apelo do filme veio assim que nós descobrimos como conectar os personagens e o universo. Sabe, eu comecei [minha carreira] nas telonas e eu nunca vou me esquecer de como foi assistir o filme original na telona pela primeira vez e como foi esse sentimento.
Quero muito ter a oportunidade de estar presente em um cinema com uma telona para assistir [o filme], o que eu estou sempre torcendo para que aconteça, já que os telefones estão tomando conta do mundo. É muito legal ter esse tipo de resposta do público; pessoas compartilhando algo juntos. Karate Kid nasceu disso e Legends conseguiu ter essa mesma oportunidade. Então, estou muito animado com isso; não há nada como ver as luzes [do cinema] se apagando e ver todo mundo focando e envolvido na história.
E sobre a questão de “continuar o legado”, tem sido fantástico ver como o mundo abraça esses personagens, e agora novos personagens surgindo e que, espero eu, continuem esse novo capítulo. Enquanto for verdadeiro, genuíno e honesto, eu acredito que há espaço para novas histórias serem contadas. Isso sempre foi a raiz [da franquia], mesmo quando decidimos fazer esse filme, eu sempre lutei, primeiramente, pela proteção dos personagens e do legado, fazendo questão que toda a história fosse exaltada e respeitada; e eu acho que conseguimos fazer isso aqui! Então, é isso, estou muito animado por estar na telona.