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Crítica | F1 – O Filme

  • Foto do escritor: Ávila Oliveira
    Ávila Oliveira
  • 26 de jun.
  • 2 min de leitura

Joseph Kosinski sabe filmar com estilo um roteiro por demais repetido.

Divulgação


Na década de 1990, Sonny Hayes (Brad Pitt) era o piloto mais promissor da Fórmula 1 até que um acidente na pista quase encerrou sua carreira. Trinta anos depois, o proprietário de uma equipe de Fórmula 1 em dificuldades convence Sonny a voltar a correr e se tornar o melhor do mundo.


O cineasta Joseph Kosinski não esconde sua paixão pelo cinema estadunidense das décadas de 80 e 90, mais especificamente o cinema de ação bem piegas, para o bem ou para o mal. Em 2010 ele dirigiu Tron: O Legado, a aguardada continuação do cultuado Tron - Uma Odisseia Eletrônica (1982). Em 2022 dirigiu o sucesso de bilheteria Top Gun: Maverick, continuação do cultuado Top Gun - Ases Indomáveis (1986). E agora mantém o estilo saudosista, bem referenciado e ao mesmo tempo cheio de personalidade, com a direção de F1 – O Filme, tido por alguns como uma refilmagem-derivada-extra-oficial de Dias de Trovão (1990).


O fato é que o roteiro de F1 – O Filme não é lá dos mais novos nem surpreendentes, mas o que o diretor consegue construir com o texto é realmente impressionante dadas todas as suas limitações narrativas. Mesmo eu, uma das pessoas que menos se importa com Fórmula 1, se viu completamente imerso no ritmo da edição, no jogo de câmeras e na harmônica sinfonia de ruídos motorizados.

Divulgação


A minha expectativa com o resultado do filme ia subindo a cada nome que aparecia nos créditos iniciais. As chances de um longa-metragem com, para citar alguns, Stephen Mirrione na montagem, Claudio Miranda na fotografia e Hans Zimmer na trilha sonora dar errado são baixíssimas. E os nomes citados provam seus pesos construindo um produto encorpado e bem-acabado, com um rigor técnico quase que matemático de tão preciso e resoluto. As cenas de corrida filmadas “em campo” fazem a F1 parecer bem mais divertida do que é na realidade. E com absoluta certeza afirmo que ter visto numa sala IMAX impactou no saldo positivo do filme.


O argumento carecer de um ineditismo desnecessário (porém sempre bem-vindo) não torna as conquistas do filme menos válidas. É um filme montado para despertar as sensações mais imediatas, sem reverberar tanto num pós, e o que melhor que uma história de superação, com azarões e lições de moral coroada com um final feliz apoteótico para conseguir isso?


Nota: 3,5/5


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