Fechando a saga brasileira, longa é o mais juvenil, mas, entrega história simples e funcional
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Finalizando a quadrilogia brasileira, o longa Um Ano Inesquecível: Primavera chegou no Prime Video na última semana. Lançados durante o mês de junho, cada filme possui de fundo uma estação do ano para reproduzir uma história voltada para o público juvenil. Dessa vez, a adaptação contemplou a história da escritora Bruna Vieira e utiliza-se das belas paisagens do interior de Minas Gerais para contar o seu enredo.
Dirigido por Bruno Garotti, o filme retrata Jasmine, uma adolescente que está prestes a concluir o Ensino Médio, que é apaixonada por arte e desenho e tem grandes dificuldades com exatas, especialmente matemática. Precisando tirar um dez na sua última avaliação, Jasmine é colocada em aulas extras com Davi, estudante mais velho e pupilo do seu professor. Durante a convivência, Jasmine e Davi vão compartilhar suas diferentes visões e viver o desabrochar de um amor enquanto encontram seu lugar no mundo.
Esse quarto longa, sem dúvidas, tem o roteiro mais simples e juvenil dentre os quatro filmes. Aqui a protagonista encontra-se dividida entre seu interesse pelas artes e a vontade dos pais de que ela se forme em administração, para cuidar do negócio da família e no meio disso precisa lidar com a necessidade de tirar uma nota dez em sua pior matéria na escola. O roteiro foca bem nessas angústias e nesse percalço da vida da jovem, sem se aprofundar muito em outros temas e em histórias paralelas aos dois principais.
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É mérito de Um Ano Inesquecível: Primavera conseguir entregar uma história identificável para quem assiste com uma proposta coesa e funcional. Além disso, trazer esse filme, por mais clichê que seja, para o interior do país e utilizando-se bem dessa locação a favor da história também é um dos seus pontos altos. É familiar e reflete a pluralidade existente no nosso Brasil para as produções adolescentes do país (que geralmente concentram-se em Rio e São Paulo).
O elenco de Primavera é o mais imaturo entre os filmes, mas nada que estrague a experiência de assisti-lo. Um dos problemas que mais incomoda, porém, é a artificialidade de alguns diálogos que não parecem convergir com os modos que os adolescentes se comunicam atualmente. Mas, mesmo assim, assistir ao longa causa uma boa nostalgia da juventude e da época do ensino médio, especialmente por meio de uma história que é brasileira.
A saga Um Ano Inesquecível teve seus altos e baixos, mas se tornou uma produção, no geral, necessária quando enaltece nossa brasilidade e traz para cena talentos do nosso país para contar histórias sobre ser jovem e crescer nos tempos atuais. É a prova de que temos condições de produzir e consumir em nossos próprios termos, sentindo identificação pelos locais e tramas vividas pelos personagens.
Nota: 3,5/5
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