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  • Foto do escritorAna Bia Andrade

Crítica | A Vida Sexual das Universitárias (2ª temporada)

Nova temporada possui um início cativante e agora precisa cumprir as expectativas do seu público

Divulgação: HBO Max


É preciso enaltecer o sucesso notório da primeira temporada de ‘A Vida Sexual das Universitárias’ e a forma única na qual a série consegue se estabelecer em um ambiente pouco abordado em sit-coms e seriados do gênero: as universidades. Esse recorte faz com que nós, como espectadores, possamos notar que há uma preocupação por parte de seus realizadores em nunca desvincular o seu enredo do ambiente universitário. Tal abordagem, acompanhada de personagens humanamente imperfeitas e de situações simplesmente inacreditáveis, só poderiam resultar em um grande interesse por parte do público.


Com o inverno chegando a Vermont, a segunda temporada da série traz a atmosfera das festas de fim de ano para a Universidade Essex. A princípio, Kimberly (Pauline Chalamet) está lidando com um grande desafio envolvendo a busca por novas formas de se manter na Universidade, já que sua bolsa de estudos foi cancelada devido aos acontecimentos da primeira temporada. Kim não possui condições financeiras para arcar com as altas mensalidades do ensino superior e não está disposta a preocupar os seus pais com o assunto. Por outro lado, Bela (Armit Kaur) está investindo alto em seus planos de se tornar uma comediante de sucesso, arquitetando a primeira revista de comédia dirigida por mulheres do campus. Resta, entretanto, uma dúvida se Bela se entregará a um romance fixo ou se continuará adepta ao sexo casual.


Whitney (Alyah Chantelle Scott), por sua vez, nunca esteve com tantas dúvidas sobre si mesma. Fora do futebol, Whit tentará se aventurar por novas atividades acadêmicas irá explorar algumas matérias mais desafiadoras, com estudantes mais desafiadores. Outra pauta em foco é o seu relacionamento com Canaan (Christopher Meyer) e a importância da comunicação e da sinceridade em um namoro. Por fim, Leighton (Reneé Rapp) felizmente está mais confiante com sua sexualidade e disposta a se abrir para suas colegas de quarto. Inclusive, a fase dos encontros às escondidas com outras garotas é passado para ela nessa nova temporada. Consequentemente, é extremamente satisfatório assistir o desenvolvimento de sua personalidade e a forma com que sua amizade com as garotas foi essencial para essa mudança.

Divulgação: HBO Max


Sendo assim, fica evidente que tudo que amamos sobre a primeira temporada de ‘A Vida Sexual das Universitárias’ está de volta, agora em sua segunda fase. O humor e a boa dinâmica entre as quatro protagonistas continuam sendo o carro chefe da série. Em contrapartida, é no mínimo desmerecedor classificar o roteiro de Kaling e Noble apenas como engraçado, quando alguns tópicos hodiernos essenciais são levados em consideração. Ao longo da segunda temporada, temáticas como desigualdade social, assédio sexual e racismo fazem parte do enredo com a responsabilidade e intencionalidade que uma série de comédia poderia conceber em seu formato.


Em sequência, é impossível não mencionar a qualidade da trilha sonora de ‘A Vida Sexual das Universitárias’ como um ponto extremamente positivo da série. Não estamos falando de uma trilha milimetricamente escolhida por experts, mas sim, de uma sequência repleta de músicas que estão nas paradas mundiais recentemente. Isso resulta em uma imersão ainda maior no campus da Universidade Essex, pois, embora a série seja extremamente caricata, é fácil nos sentirmos parte daquele cenário, como se estivéssemos vivendo tudo aquilo em nossa realidade. Quando uma trilha sonora consegue fazer tudo isso, é cabível dizer que ela cumpriu o seu papel com louvor.


No mais, a segunda temporada de ‘A Vida Sexual das Universitárias’ tem uma grande tarefa a cumprir: atingir, ou até mesmo superar, as expectativas da audiência depois de uma primeira temporada triunfal. Com o carisma do elenco e um bom desenrolar de acontecimentos, alegrar antigos fãs e conquistar novos não deve ser algo extremamente difícil. Nós do Oxente, Pipoca? já conferimos os seis primeiros episódios e podemos confirmar que o seu começo foi bastante promissor! A série conseguiu transmitir um lado mais maduro das garotas, agora já praticamente veteranas, que será interessante de acompanhar a cada semana. Logo, agora nos resta aguardar, ansiosamente, quais caminhos o nosso grupo favorito de universitárias irá trilhar durante o gelado inverno de Vermont.


Nota: 4/5

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