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Crítica | Five Nights At Freddy’s 2

  • Foto do escritor: Ávila Oliveira
    Ávila Oliveira
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Dessa vez a estranheza não assusta nem faz rir.

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação

Five Nights At Freddy’s 2 acompanha Mike Schmidt (Josh Hutcherson), que está passando por alguns problemas financeiros. O jovem encontra a solução para seus problemas ao ser contratado para trabalhar como o vigia noturno em um restaurante familiar tipicamente americano chamado Freddy Fazbear's Pizza, que está atualmente desativado.


O primeiro filme da estranha franquia de jogos, embora tenha deixado claro bem cedo que se tratava de uma grande bobagem, apresentou um certo carisma pela excentricidade de seus bonecos e pela curiosidade que gerou em como aquelas histórias ganhariam vida numa produção filmada. Five Nights at Freddys 2 surge como uma continuação que tenta reviver os raros acertos do antecessor, mas fracassa de maneira vexatória. O longa parece empenhado em repetir qualquer lampejo que o original apresentou, porém transforma cada tentativa em algo constrangedor. A narrativa já começa capenga, sem ritmo, sem um estilo de filmagem definido e sem qualquer sinal de ousadia criativa, apenas uma repetição fria e sem alma daquilo que já havia sido feito.

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação

As motivações dos envolvidos são frágeis e completamente desalinhadas, como se tivessem sido criadas de forma improvisada para justificar a existência do projeto. Os personagens retornam à trama sem pontos de partida firmes, parecendo ter sido inseridos apenas para preencher lacunas inexistentes. O reaparecimento do papel de Matthew Lillard é o exemplo máximo disso, já que ele surge sem função dramática, sem relevância para o enredo e sem qualquer justificativa que faça sentido dentro do universo apresentado.

O texto é um emaranhado de pressuposições e ideias pré-moldadas que não dialogam entre si. Nada é realmente contado ao espectador (nada também é relevante a ponto de ganhar destaque), então o longa tenta compensar com diálogos expositivos e embaraçosos que apenas reforçam a fragilidade da construção narrativa. Os momentos de suposto terror raramente funcionam, pois carecem de sutileza, precisão e imaginação, resultando em cenas que provocam mais tédio do que tensão.


As interpretações são irregulares, as passagens de ação não possuem clareza e a articulação geral do filme parece ter sido montada de maneira desajeitada tanto no detalhe quanto no panorama geral. O desfecho é desanimador e reforça a sensação de desperdício. O resultado é vergonhoso, marcado por falta de refinamento, escolhas estéticas duvidosas, sintaxe visual nula e uma condução visual que revela pouco cuidado.


Nota: 1/5


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