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Lista | As 30 Melhores Séries Disponíveis na Netflix

  • Foto do escritor: Filipe Chaves
    Filipe Chaves
  • 29 de ago.
  • 14 min de leitura

A gigante do streaming possui excelentes séries no catálogo, sejam originais ou não.

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A quantidade de produções nos streamings aumenta cada dia mais, embora haja remoções e cancelamentos, sempre está chegando novo conteúdo (risos) e é até difícil saber o que escolher. Apesar da Netflix estar fazendo excelentes minisséries como frisamos aqui, a lista será focada unicamente em séries, clássicas, recentes ou menos conhecidas, mas acima de tudo, com qualidade. Não foi um trabalho fácil, muita coisa boa acaba ficando de fora e o rascunho inicial estava com 50 títulos, para vocês terem uma ideia. Então, alguns critérios precisam ser adotados, como colocar apenas séries que já foram encerradas – sem Stranger Things, por exemplo. Tentei colocar algo do Brasil, mas as séries originais nacionais desandaram feio em algum ponto, como Bom Dia Verônica, que teve duas ótimas temporadas e uma última completamente intragável. Vamos à lista e escolhas têm que ser feitas:


Inicialmente, algumas menções honrosas: Bloodline, Dix Pour Cent, Big Mouth, Heartstopper.


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30) Parenthood (2010-2015)

Baseada no filme O Tiro que Não Saiu Pela Culatra (1989), foi exibida na NBC e acompanha a família Braverman entre suas alegrias e tristezas por seis ótimas temporadas. Fãs de This is Us não podem perder este belo drama familiar, mas que não deixa o humor de lado,  criado por Ron Howard e estrelado por nomes como Peter Krause e Lauren Graham.


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29) Narcos (2015-2017)

Estrelada por Wagner Moura, Pedro Pascal e Boyd Holbrook, a série conta a história de Pablo Escobar, da sua ascensão e queda, bem como da propagação da cocaína nos Estados Unidos e Europa. São três ótimas temporadas, com as duas primeiras focadas nos agentes da DEA contra o Cartel de Medellín, liderado por Escobar, e uma terceira e última que tem como foco o Cartel de Cali. A produção tem uma narrativa muito envolvente e um dos maiores destaques é a entrega de Moura.


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28) Unbreakable Kimmy Schmidt (2015-2019)

Criada por Tina Fey e Robert Carlock (de 30 Rock), narra a vida de Kimmy (Ellie Kemper) após ser resgatada de um cativeiro onde foi mantida por quinze anos com mais três moças. Agora, com 29 anos, ela precisa se adaptar à vida e ao novo mundo em Nova York. Com o humor característico carregado de sarcasmo de Fey e Carlock de piadas ágeis, várias referências, a cereja do bolo ainda é a presença de Tituss Burgess, Carol Kane e Jane Krakowski durante as 4 temporadas da série.


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27) The Good Place (2016-2020)

Após morrer, Eleanor (Kristen Bell) vai parar no chamado Bom Lugar (o Good Place do título) e passa a primeira temporada inteira tentando entender como foi parar ali e escondendo que não era exatamente uma boa pessoa em vida. Um excelente ano de estreia, humor inteligente que aborda diversas questões do ser humano, os personagens carismáticos e uma reviravolta imprevisível que amarrava todas as pontas foram a chave para o sucesso. Nas temporadas posteriores, ainda continua boa, mas um pouco do encanto é perdido, com alguns altos e baixos. Até culminar no belíssimo episódio final, que é um dos melhores da TV.


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26) Orange is the New Black (2013-2019)

Umas das primeiras séries originais da plataforma, é também uma das mais longevas. Por sete temporadas, Piper (Taylor Schilling) dividiu seu protagonismo com tantas outras detentas de uma prisão de segurança mínima no interior do estado de Nova York. Uma das séries mais diversas da televisão, soube equilibrar humor e drama brilhantemente por quatro temporadas, derrapou na 5ª e 6ª e se recuperou no ano final. Com muitos mais altos do que baixos, a importância de OITNB não deve ser negada, e muito menos sua qualidade.


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25) Dark (2017-2019)

Uma das melhores séries originais da Netflix, parte de uma premissa clichê: criança desaparece em uma cidade pequena. Mas isso é só a ponta do iceberg para uma emaranhado de ficção científica envolvendo viagens no tempo e linhagens familiares, em uma trama que explodiu cabeças por três temporadas e nos fez teorizar por um bom tempo sobre o que estava acontecendo na cidadezinha de Winden, interior da Alemanha, terminando de uma maneira emocionante, amarrando a maioria das pontas soltas e honrando os personagens.


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24) Girls5Eva (2021-2024)

20 anos depois de fazerem sucesso com uma única música, um grupo musical decide tentar um retorno, mas as coisas estão bem diferentes de quando eram jovens. Também produzida por Tina Fey e Robert Carlock, a série segue a linha do humor habitual de suas séries brincando com estereótipos, mesmo não sendo criação deles. As quatro protagonistas são ótimas, com um baita timing cômico, principalmente Renné Elise Goldsberry, que é um destaque absoluto aqui. Uma vez que você se adapta, é de chorar de rir por três temporadas. 


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23) House, MD (2004-2012)

Primeira série clássica da lista, acompanhamos o excêntrico Dr. Gregory House, em uma performance irretocável de Hugh Laurie, e sua equipe investigando e diagnosticando doenças difíceis de serem identificadas. É uma releitura de Sherlock Holmes de oito temporadas, onde a qualidade é alta por pelo menos cinco delas, com casos instigantes, texto afiado e extremamente ácido. Nos últimos três anos há bem mais oscilação nos episódios, mas com alguns ainda excelentes, incluindo o final. Para quem gosta de dramas médicos, é imperdível, e diferente de produções como Grey’s Anatomy ou The Pitt, por exemplo.


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22) Eu Nunca… (2020-2023)

Depois de um ano traumático, Devi (Maitreyi Ramakrishnan), uma adolescente de ascendência indiana, está determinada a mudar seu status social na escola e a conquistar o garoto dos seus sonhos. Criada por Mindy Kalling, uma das melhores séries teens dos últimos anos, consegue equilibrar o humor e o drama com mestria em episódios de 30 e poucos minutos, sabendo trabalhar bem os clichês do gênero enquanto aborda o choque cultural dos Estados Unidos com as tradições indianas. É muito bem escrita e Devi, como qualquer outra adolescente normal, vai te fazer amá-la e odiá-la na mesma medida por quatro ótimas temporadas, enquanto navega pelas suas amizades, dramas familiares e amorosos.


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21) The Crown (2016-2023) 

Inspirada em eventos históricos reais da vida da Rainha Elizabeth II, a série passa por diversos estágios, de sua juventude à velhice. O elenco mudava a cada duas temporadas e nas duas primeiras, foi interpretada por Claire Foy,  na 2ª e 4ª por Olivia Colman e nas duas últimas por Imelda Staunton. O drama político e familiar tomou conta da caríssima produção, que não quis ficar devendo em nada ao luxo da família real. A 4ª temporada venceu o Emmy de Melhor Drama, e depois disso a série perdeu um pouco do encanto na 5ª e 6ª temporadas, com o texto ficando mais engessado, mas não apaga o que foi construído anteriormente com muita capacidade.


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20) Sex Education (2019-2023)

Otis (Asa Butterfield) é filho da terapeuta sexual Jean (Gillian Anderson, sempre espetacular) e resolve repassar o que aprendeu com a mãe aos seus colegas, abrindo uma clínica clandestina com Maeve (Emma Mackey) na escola. Estreou quietinha, mas não demorou muito para fazer burburinho graças a uma trama cativante, personagens únicos e carismáticos – sim, Eric e Aimee – e um texto esperto que passeava pelo drama e pelo humor com facilidade, trabalhando assuntos delicados considerados tabus de uma maneira orgânica, sem esquecer dos típicos causos adolescentes que fizeram o gênero famoso. Assim foi por três temporadas, até decair na 4ª e última ao trazer chatíssimos personagens novos e esquecer dos ótimos antigos. 


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19) The Office (2005-2013)

Uma equipe de documentário acompanha o cotidiano dos empregados de uma fábrica de papel e seu chefe, o inigualável sem qualquer sombra de noção Michael Scott, imortalizado pelo genial Steve Carell. A sinopse não é segredo para ninguém, porque a série é uma das mais populares da lista, e eu digo que não é à toa. Depois do piloto, a narrativa vai em crescente e o humor, que já está afiado - e ousado - desde o segundo episódio, acompanha esse avanço. São nove temporadas e a falta que Carell faz é muito sentida, sem dúvidas, mas ainda vale chegar até o fim acompanhando Pam (Jenna Fischer), Jim (John Krasinski), Dwight (Rainn Wilson) e cia.


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18) Peaky Blinders (2013-2022)

Em 1919, a gangue de Birmingham é liderada por Tommy Shelby (Cillian Murphy), um impiedoso criminoso que está determinado a conquistar o mundo pós-Primeira Guerra a qualquer preço. Eu sei que muita gente vira a cara por causa dos fãs devotos da série, mas de fato, ela é ótima. A ambientação é um espetáculo e mesmo que a figura do anti-herói não seja novidade para ninguém, o roteiro consegue desenvolver bem as camadas de Tommy e a fantástica performance de Murphy é crucial para isso. Além do protagonista, há diversos coadjuvantes que se destacam, sejam da família Shelby ou antagonistas e enriquecem bem a história que é dramática, tensa, política, imprevisível e embalada ainda por uma trilha sonora irretocável.


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17) Master of None (2015-2021)

Criada e estrelada por Aziz Ansari, o Tom de Parks and Recreation, junto com Alan Yang, a série acompanha Dev e seu grupo eclético de amigos por Nova York, enquanto lidam com o amor, tabus sociais, carreiras e tantos outros temas da vida adulta. É uma comédia daquelas que também te emociona e é impossível não se identificar com algo que os personagens estão passando. O texto é muito bem escrito, contemporâneo, mas que comove ou vai te fazer rir em qualquer época. As duas primeiras temporadas são protagonizadas por Ansari, mas na 3ª e última, Lena Waithe assume as rédeas, conduzindo com a mesma qualidade de sempre.


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16) Derry Girls (2018-2022)

Em meio aos conflitos políticos da Irlanda do Norte nos anos 1990, cinco estudantes enfrentam os desafios da adolescência. Esta é a premissa oficial da série que se tornou uma das melhores do gênero, não só teen, mas cômico também. O humor escrachado irlandês, junto com os personagens excêntricos e um elenco extremamente talentoso dão o diferencial aqui. Nicola Coughlan, que ficou mundialmente famosa por Bridgerton, é uma das cinco protagonistas, que brilham na comédia, mas em nada deixam a desejar no drama, porque se tem adolescente, tem drama, certo? Sim, mas essencialmente é uma comédia deliciosa de três temporadas impecáveis. 


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15) Arcane (2021-2024)

Em meio ao conflito entre as cidades-gêmeas de Piltover e Zaun, duas irmãs lutam em lados opostos de uma guerra entre tecnologias mágicas e convicções incompatíveis. Baseada no jogo League of Legends, a escolha de colocar o protagonismo em Jinx e Vi foi uma sacada de gênio, porque aumenta a carga dramática, sem esquecer da ação e estes fatores aliados aos visuais deslumbrantes, enriquecem ainda mais uma das melhores séries do gênero. A animação tem duas temporadas apenas, mas definitivamente deixou sua marca na TV.


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14) Ozark (2017-2022)

Marty (Jason Bateman) é um consultor financeiro que está com a vida por um fio após alguns negócios darem errado. Para proteger a família, ele se muda para a região dos Ozarks, mas tudo se complica ainda mais. De início, é impossível não lembrar de Breaking Bad, mas logo a série mostra sua identidade própria. Com um ritmo intenso, as coisas vão dando errado para Marty como uma bola de neve e é impossível não ficar fisgado pela história e seus personagens. Além de Bateman, Laura Linney e Julia Garner também têm grande destaque e roubam a cena como Wendy e Ruth. As três primeiras temporadas são excelentes, mas a metade final da 4ª derrapa, se recuperando no último episódio e não colocando a perder tudo que o drama criminal teve de bom.


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13) Downton Abbey (2010-2015)

O drama de época inglês acompanha a aristocrática família Crawley e seus empregados, enquanto tentam manter seu legado. Possui todos os elementos que um bom novelão precisa, como as intrigas, a fofoca, o romance, os jogos de poder e as reviravoltas, tudo isso orquestrado pelo texto afiado de Julian Fellowes (sim, mesmo criador de A Idade Dourada, da HBO) e com um elenco de primeira linha com nomes como Maggie Smith (como a extraordinária Lady Violet), Michelle Dockery, Hugh Bonneville, Dan Stevens e tantos outros talentos. São seis temporadas e um sucesso absoluto com mais dois filmes e um terceiro que será lançado ainda neste ano.


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12) Sex and the City (1998-2004)

Durante seis temporadas, Carrie (Sarah Jessica Parker) e suas fiéis escudeiras Samantha (Kim Cattrall), Miranda (Cynthia Nixon) e Charlotte (Kristin Davis) falaram sobre sexo e tudo mais, abrindo portas na televisão para que outras personagens femininas também pudessem fazer o mesmo. Para além da revolução, é uma série divertidíssima de se acompanhar, dos temas mais fúteis aos mais sérios, o equilíbrio entre o drama e a comédia é um dos pontos mais altos, depois, claro, da química do elenco e da complexidade das protagonistas, que entre erros e acertos, são inteiramente humanas. 


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11) Gilmore Girls (2000-2007)

Lorelai (Lauren Graham) e Rory (Alexis Bledel) têm uma relação de mãe-filha diferente da maioria, até pela pouca idade que as separa, e isso é o que faz GG uma belíssima série sobre amadurecimento. Ambientada na pitoresca cidade de Stars Hollow, que é povoada pelas pessoas mais excêntricas da TV, a história criada por Amy Sherman-Palladino é um deleite de se assistir, com um texto absurdamente ágil carregado de referências pops (até da Xuxa elas falam), é incrível como todo aquele pequeno universo é construído, do que parece ser comum, mas cheio de personalidade. E eu nem mencionei a melhor das garotas Gilmore: a sensacional Emily (Kelly Bishop), mãe de Lorelai.


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10) Mindhunter (2017-2019)

Dois agentes do FBI expandem as fronteiras da ciência criminal nos anos 70 com um perigoso mergulho no universo da psicologia do assassinato. David Fincher, um dos produtores, dirigiu alguns episódios e deu o tom de densidade necessário à atmosfera da série. Estrelada por Jonathan Groff, Holt McCallany e Anna Torv, tem uma ambientação impecável da época e adentrar na mente dos assassinos seriais é fascinante, devo dizer. As cenas das entrevistas dos agentes com eles são espetaculares e deixam qualquer um vidrado na tela, não só pelo texto ou pelo modo como são conduzidas pela direção, mas as performances irretocáveis dos atores na pele dos serial killers, é absurdo. É um trabalho incrível em conjunto e é uma pena que a 3ª temporada não passe de um boato, por enquanto.


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9) Atlanta (2016-2022)

Criada e estrelada por Donald Glover, acompanhamos Earn, que larga a faculdade para ser empresário da carreira do primo, o rapper Paper Boi (Bryan Tyree Henry). O que parecia ser mais uma comédia com aspectos dramáticos de início, logo se mostrou muito mais rica ao brincar com diversos gêneros de uma maneira única, como no episódio “Teddy Perkins” da 2ª temporada, que é um dos melhores da história da televisão, mergulhando no terror. E a série fez isso por quatro temporadas, sem esquecer de fazer diversas críticas sociais de formas sutis, mas afiadíssimas. 


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8) Mo (2022-2025)

Mo (Mohammed Amer, cocriador da série) é um imigrante palestino que mora no Texas com sua família e e vive pulando de emprego em emprego para tentar se sustentar. É mais uma daquelas séries curtinhas e especiais, que pouca gente assistiu. Em duas temporadas, navegamos pelos altos e muitos baixos da vida do protagonista tentando a vida em um novo país, mas que honra sua origem e sempre conversando com situações universais que qualquer pessoa pode se identificar. Com um roteiro afiado, Mo está mais atual do que nunca, principalmente por ser uma série tão política.


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7) Chaves (1973-1980)

O garoto que vive em situação de barril (desculpa, não resisti) conquistou o Brasil de geração em geração através das inúmeras reprises no SBT e ainda existem episódios que nunca foram ao ar. Eu não sei se estão disponíveis, mas sei que a série acabou de chegar em vários streamings e não poderia ficar de fora desta lista. Além de Chaves (Roberto Gómez Bolaños), os vários personagens clássicos que vivem no imaginário popular com seus bordões como Chiquinha (Maria Antonieta de las Nieves), Quico (Carlos Villagrán), Dona Florinda (Florinda Meza), Seu Madruga (Ramón Valdés) e todos os outros. É um sucesso explicado pelo humor inocente, nostálgico, mas com uma pitada ácida e que é muito bem executado pelo brilhante elenco. Tinha tudo para dar errado, mas é um fenômeno até hoje.


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6) Arrested Development (2003-2006; 2013-2019)

Michael Bluth (Jason Bateman) é obrigado a administrar os negócios imobiliários da família depois que seu pai, George Bluth Sr. (Jeffrey Tambor), é preso. Ele também precisa lidar com as demandas e caprichos de sua família mimada e excêntrica. Esta é a premissa oficial desta série tão espetacular que trabalha com o formato mockumentary antes de The Office até. Personagens incríveis e completamente sem noção feitos por um elenco imbatível, que além dos já citados, conta com Jessica Walter (como Lucille Bluth, uma das melhores personagens da TV), Portia de Rossi, Michael Cera, Will Arnett, Tony Hale, Alia Shawkat e as inúmeras participações especiais, que vão de Liza Minelli a Charlize Theron. É uma produção hilária que brinca com o absurdo e o exagero de uma forma genial por três temporadas. Nas duas últimas feitas pela própria Netflix, a qualidade cai, e é por isso que não está em uma posição melhor.


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5) Six Feet Under/À Sete Palmos (2001-2005)

Quando eu soube que a série seria uma das originais HBO que seriam disponibilizadas na Netflix, tive uma felicidade imensa. Mais gente alcançaria essa história arrebatadora criada por Alan Ball, que tem como foco a família Fisher, donos de uma funerária. Essencialmente um drama familiar, que lida constantemente com a morte, há uma bela dosagem de um humor mais sombrio que deixa tudo um nível acima. Os personagens complexos, difíceis, cheios de camadas e interpretados por um elenco de primeira linha e eu poderia citar todos os nomes aqui, mas o que Frances Conroy faz como a matriarca Ruth é outro patamar. Ali pela entre a metade da 3ª e a 4ª temporada, a série decai um pouco, mas a 5ª e última temporada não só volta à melhor forma, como entrega o melhor episódio final de todos os tempos. Vida e morte trabalhados na televisão de uma forma única.


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4) Seinfeld (1989-1998)

A famosa série “sobre o nada”, acompanha Jerry Seinfeld (interpretando péssima e hilariamente a si mesmo), Kramer (Michael Richards), seu vizinho sem qualquer sombra de noção, George Constanza (Jason Alexander), melhor amigo de Jerry, e Elaine (Julia Louis-Dreyfus, maior comediante viva, devo dizer), vivendo em Nova York e passando por todos os percalços de um jovem adulto solteiro. A série se dizia sobre o nada, porque na verdade, ela aborda de tudo, de masturbação até fila de espera em restaurante, e de maneiras inventivas, que ainda funcionam hoje e muito engraçadas roteirizadas pelo próprio Seinfeld e Larry David, que criaram esses personagens fascinantes, mas que são pessoas horríveis e não menos carismáticas. São nove temporadas e na 1ª, a série ainda está encontrando seu tom. Felizmente, ela é curtinha e o avanço é visível na 2ª temporada, atingindo o ápice na 3ª e assim se mantendo até a 8ª, e é aí que entendemos o porquê dela ser tão revolucionária e tão famosa. A 9ª e última temporada não é nem de longe a melhor, mas a grandiosidade já foi atingida. 


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3) Better Call Saul (2015-2022)

O famoso caso do spin-off que quase supera a original. No prequel de Breaking Bad, acompanhamos a transformação do advogado Jimmy McGill na persona de Saul Goodman, feito magnificamente por Bob Odenkirk. Criada por Vince Gilligan e Peter Gould (o showrunner), vemos a complicada relação de Jimmy com seu irmão Chuck (Michael McKean) e sua paixão com a espetacular Kim Wexler (Rhea Seehorn). É só o topo do iceberg de um belíssimo estudo de personagens e relações compostas de nuance, sem esquecer do suspense e da tensão de quando se flerta com o mundo do crime, que é comum neste universo. As duas primeiras temporadas já são boas, mas é inegável que o nível aumenta na 3ª, com os riscos ficando cada vez mais altos, e até a 6ª temporada não há qualquer queda, é uma qualidade absurda até o fim, nivelando facilmente com sua série-mãe. 


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2) BoJack Horseman (2014-2020)

A melhor série original da Netflix é uma animação sobre um cavalo falante, que também é um ator decadente. Sim, isso mesmo que você leu e é a receita para uma série absolutamente genial com um dos protagonistas mais bem escritos da TV. É um mergulho profundo em um lado de Hollywood que a gente só ouve falar. BoJack é errado e errante e por mais que a gente consiga se afeiçoar a ele, defender suas atitudes é praticamente impossível, mas ao mesmo tempo a gente compreende de onde elas surgem. Falando assim, parece que estamos falando de um baita drama, e não deixa de ser, mas há um belíssimo equilíbrio com o humor, seja ele mais sombrio, rebuscado ou carregado de referências reais, está muito presente ali em BoJack ou qualquer um dos outros maravilhosos coadjuvantes que fazem parte desta série tão única.


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1) Breaking Bad (2008-2013)

A série sobre o professor de química com câncer que queria apenas deixar dinheiro para a família e foi se embriagando cada vez mais pelo poder no mundo do crime realmente é tudo isso que você sempre ouviu falar. Alguns dizem que ela só melhora depois, mas para mim, já começa ótima e a qualidade só se eleva ainda mais, terminando no ápice de uma temporada final épica. O que Bryan Cranston faz na pele de Walter White é simplesmente fascinante. Vince Gilligan lhe deu um presente gigantesco com um dos personagens mais incríveis do audiovisual e Cranston elevou ainda mais este retrato tão cru de um homem comum se transformando em um gênio do crime. Um drama tão rico com personagens complexos, trabalhando com a aflição constante de estar envolvido em um mundo tão violento e lidando com antagonistas perigosos é, de fato, das melhores coisas que a TV proporcionou. O óbvio precisa ser dito: Breaking Bad é a melhor série disponível na Netflix. 


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